Lula: “Natureza e irresponsabilidade do ser humano estão dando nova chance ao Brasil”

Presidente diz que, com combustíveis renováveis, Brasil tem chance de se transformar "em algo tão ou mais importante do que Oriente Médio é para o petróleo"

Marcos Mortari

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião ministerial no Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião ministerial no Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (14), que a produção de combustíveis renováveis poderá colocar o Brasil em posição privilegiada no tabuleiro da política e economia internacional.

Em cerimônia de assinatura do projeto de lei “Combustível do Futuro” no Palácio do Planalto, Lula disse que “não tem outro remédio” para o mundo a não ser “enveredar pelo caminho da produção de combustível limpo”.

Por isso, ele acredita que o novo contexto global pode ser uma oportunidade e o Brasil se transformar “em algo tão ou mais importante do que o Oriente Médio é para o petróleo”, mas para os combustíveis renováveis.

“O Brasil tem que decidir não apenas uma lei, mas no nosso comportamento e na nossa vontade, se queremos realmente nos transformarmos em uma nação grande, rica, soberana. Essa produção de biocombustíveis, essa transição energética que o mundo tanto clama é uma oportunidade suis generis para esse país”, afirmou.

“Esse país é grande, mas durante muitas décadas teve vocação de ser pequeno, medo de crescer, medo de ousar, medo de acreditar na sua própria força. A natureza, de um lado, e a irresponsabilidade do ser humano, do outro, de tanto desmatar e poluir o planeta estão dando uma nova chance ao Brasil”, disse.

Durante a cerimônia, Lula afirmou que, em seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto, não perderá essa janela de oportunidade. “O Brasil vai se transformar numa coisa muito importante no planeta terra. Nós temos terra, água, sol, tecnologia, e mais ainda: a Floresta Amazônica, que precisamos preservar. E temos mais de 30 milhões de hectares de terras degradadas que podemos recuperar e plantar o que quisermos. É isso que vai transformar o Brasil em uma coisa muito importante”, afirmou.

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O projeto de lei batizado pelo Palácio do Planalto como “Combustível do Futuro” visa promover a “mobilidade sustentável de baixo carbono”. A ideia é estabelecer ações nas áreas de automóveis individuais, transporte de carga e aviação. Uma das primeiras medidas é a elevação do percentual de etanol na mistura com a gasolina de 27,5% para 30%. No caso do diesel, a participação vai sair dos atuais 12% para 13% em 2024.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.