Lula mantém liderança em corrida eleitoral, próximo do limiar de vitória no primeiro turno, mostra pesquisa Ipespe

Sérgio Moro, que chegou a bater 11% em novembro, após sua filiação ao Podemos, havia ido a 9% no início do mês e registrou 8% agora; veja levantamento

Anderson Figo

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) mantiveram os percentuais de intenção de voto na pesquisa Ipespe da segunda quinzena de janeiro. O levantamento foi encomendado pela XP Inc.

No cenário estimulado para o primeiro turno (quando o eleitor escolhe seu candidato entre opções apresentadas pelo pesquisador), Lula repetiu os 44% vistos na primeira quinzena do mês e Bolsonaro, 24%.

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Sérgio Moro, que chegou a bater 11% em novembro, após sua filiação ao Podemos, havia ido a 9% no início do mês e registrou 8% agora. Ciro oscilou de 7% para 8%. As oscilações ficaram dentro da margem de erro.

Em seguida ficaram João Doria (2%), Simone Tebet, Rodrigo Pacheco e Alessandro Vieira, com 1% cada um, e Luiz Felipe D’Ávila, que não chegou a 1%.

A pesquisa da Ipespe segue mostrando Lula próximo ao limiar da vitória no primeiro turno, mas, com 44% das intenções de voto, ele ainda não chegou à soma dos votos de seus adversários (45%).

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Foram feitas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 24 e 25 de janeiro de 2022. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais. A pesquisa está registrada no TSE sob o protocolo BR-06408/2022.

O índice de confiança é de 95,5% (o que significa que se a pesquisa fosse realizada 100 vezes, em 95 delas o resultado ficaria dentro da margem de erro).

Já em cenário alternativo, no qual o ex-juiz Sérgio Moro não disputa a eleição presidencial, Bolsonaro sobe para 26%, Doria vai a 4% e Luiz Felipe D’Ávila a 1%. Neste cenário, Lula, com 44%, supera a soma das intenções de votos dos demais candidatos, que é de 43%.

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Pesquisa espontânea

Antes das duas simulações, foi feita uma pesquisa espontânea (quando o eleitor aponta seu candidato sem que nomes sejam apresentados pelo pesquisador).

Neste caso, Lula lidera com 35% das menções, mesmo percentual da pesquisa anterior. Bolsonaro aparece com 23% (antes era 25%), enquanto Sergio Moro manteve 4% e Ciro Gomes subiu de 3% para 4%. João Doria permaneceu com 1% das intenções de voto.

Os demais candidatos não conseguiram atingir 1%. Brancos e nulos foram 6% e não sabem ou não responderam ficou em 26%.

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Normalmente, quanto mais próximo do pleito, mais este formato indica o real apoio aos candidatos. A cerca de nove meses da disputa, ele ajuda a indicar o nível de conhecimento que os eleitores têm de alguns nomes que devem participar da eleição em outubro.

Segundo turno

Na simulação para o segundo turno, Lula passou de 56% no início do mês para 54% agora (-2 pontos) quando enfrenta Bolsonaro, que oscilou de 31% para 30%. Os que não souberam responder, não vão votar ou votarão branco e nulo, passaram de 13% para 16%. A vantagem, que era de 25 pontos, passou a 24.

Nos demais cenários, Lula vence Doria por 33 pontos, Ciro por 25 e Moro por 19. Nas simulações com Bolsonaro, o presidente perde por 13 pontos para Ciro, 9 para Doria e 7 para Moro.

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A avaliação do eleitorado em relação à economia segue em recuperação bastante gradual e o medo da pandemia, que havia aumentado de entre outubro e o início de janeiro, agora voltou a melhorar.

A avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro, porém, oscilou negativamente. Passou de 24% para 23% o percentual dos que consideram a administração ótima ou boa e de 54% para 55% o dos que julgam o governo ruim ou péssimo.

Os respondentes também atribuíram notas a diversas personalidades da República. Lula teve a nota mais alta (5,4), 0,7 ponto a mais do que obteve na leitura anterior mais recente, de março de 2021, e se aproximou do seu melhor resultado para série histórica, em janeiro de 2019, quando marcou 5,5 pontos.

O presidente Bolsonaro caiu 0,4 ponto na comparação com março de 2021 e foi a 3,7 pontos, sua pior marca desde o início do seu mandato. Outro destaque foi Sérgio Moro, que já foi a figura mais bem avaliada em 5 das 10 vezes em que o bloco foi aplicado na pesquisa, e agora amarga seu pior resultado (4,0 pontos), ficando em 7º no ranking.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.