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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou as críticas tecidas pelo presidente do PSD e secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab, a respeito do potencial de reeleição do mandatário se as eleições fossem realizadas hoje. Kassab afirmou na quarta-feira (29) que se o pleito fosse agora, o PT perderia.
“Quando eu vi a história do companheiro Kassab, comecei a rir”, afirmou Lula a jornalistas durante entrevista coletiva em Brasília nesta quinta-feira (30).
“Como ele disse que, se a eleição fosse hoje, eu perderia? Eu olhei no calendário e percebi que a eleição vai ser só daqui a dois anos! Fiquei muito despreocupado, porque hoje não tem eleição”, falou o presidente.
Lula também aproveitou para defender o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de críticas feitas por Kassab à condução da política econômica no atual governo, dizendo que Haddad é um “ministro fraco”.
“Acho que o Kassab foi injusto com o Haddad. É importante lembrar: Eu posso não gostar pessoalmente de uma pessoa, posso ter crítica pessoal a ela, mas não reconhecer que o Haddad começou o nosso governo coordenando a PEC da Transição? A gente não tinha dinheiro para governar o país em 2023”, destacou Lula.

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O presidente lembrou da aprovação não só da PEC da Transição, mas do arcabouço fiscal e da condução nas discussões a respeito da reforma tributária.
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“Jamais houve uma reforma tributária feita num regime democrático. Aprovada com o Congresso funcionando da forma mais independente, o Senado trabalhando da forma mais independente, a imprensa fazendo as críticas que quisesse fazer e a sociedade organizada totalmente livre. Conseguimos a proeza. Foi, na verdade, um milagre”, afirmou.
“Só por isso (a reforma tributária), o Haddad deveria ser elogiado pelo Kassab. Mas não posso pedir para o Kassab elogiar se ele não quer.