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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (11), que o país “aprendeu a gostar de democracia” e não pode permitir qualquer ameaça ao bom funcionamento de suas instituições.
As declarações foram dadas durante o lançamento da pedra fundamental do campus Sol Nascente do Instituto Federal de Brasília, em Ceilândia (DF). A unidade integra o plano de expansão dos institutos federais por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (o Novo PAC).
Sem citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um dos investigados pela Polícia Federal (PF) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022, Lula lembrou dos episódios do dia 8 de janeiro de 2023 – quando manifestantes bolsonaristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.
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Lula fez uma menção ao especial a Ricardo Cappelli, atual presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e que ocupava o cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça naquele momento. No dia dos ataques na Praça dos Três Poderes, Lula nomeou Cappelli interventor do governo federal no Distrito Federal.
“Quando aqui houve uma tentativa de golpe, quem foi cuidar foi o Cappelli, para enfrentar alguns militares que não queriam cumprir decisão. Queriam desrespeitar”, afirmou Lula. “Hoje, os golpistas estão sendo processados, alguns estão sendo presos”, prosseguiu o presidente.
“Este país aprendeu a gostar de democracia. É o único regime do mundo que permite que um peão de fábrica seja presidente da República. É o único regime do mundo que permite que o povo vá para a rua protestar, fazer greve e reivindicar salário”, completou Lula.
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Em seu discurso, ainda saudando a democracia, o presidente da República repudiou o que chamou de tentativa de golpe no Brasil, depois de ter derrotado Bolsonaro nas eleições de 2022. “Na democracia, é assim. A gente elege o cara. Se ele não prestar, a gente tira o cara e elege o outro”, disse.
“Quero cumprir o que prometi”
Durante seu pronunciamento, Lula voltou a dizer que o primeiro ano de seu terceiro mandato no Planalto serviu para “colocar a casa em ordem”.
“Nós fomos eleitos com o objetivo de melhorar a vida do povo btasileiro. Nós passamos 1 ano reconstruindo este país. Este país está tão abandonado que a capital do Brasil tem um Teatro Nacional fechado há 10 anos”, criticou o presidente, dirigindo-se diretamente à vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).
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“Eu quero cumprir cada coisa que eu prometi para vocês e podem ficar certos de que nós vamos cumprir”, concluiu Lula.
100 novos institutos federais
Lançada nesta quinta-feira, a pedra fundamental do campus Sol Nascente do Instituto Federal de Brasília faz parte do plano de expansão dos institutos federais por meio do Novo PAC. De acordo com o governo federal, o investimento previsto é de R$ 2,5 bilhões para construção de 100 novos campi em todo o país. O objetivo é criar 140 mil novas vagas de educação profissional.
De acordo com o Censo 2022, a comunidade do Sol Nascente tem mais de 87 mil moradores e cerca de 32 mil casas – um crescimento de 31% em relação a 2010. A região fica a 35 quilômetros do centro de Brasília e já superou a Rocinha, no Rio de Janeiro, em número de residências e habitantes.
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Os novos campi de institutos federais devem atender regiões que ainda não possuem unidades ou que registram número baixo de matrículas em cursos técnicos de nível médio em relação à população da região. No Distrito Federal, serão duas novas unidades: além de Sol Nascente, haverá uma em Sobradinho.
Cada nova escola tem um custo estimado de R$ 25 milhões, com R$ 15 milhões em infraestrutura e outros R$ 10 milhões para equipamentos e mobiliário. O governo federal estima que cada uma gere 1,4 mil vagas, majoritariamente em cursos técnicos integrados ao ensino médio.