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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na rede social X (antigo Twitter) que foi “boa” a reunião com o presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Jean Paul Prates, nesta segunda-feira (11) . Ele afirmou que a conversa foi sobre investimentos em fertilizantes e transição energética, sem mencionar a questão dos dividendos.
O encontro deixou o mercado apreensivo, após a Petrobras perder R$ 56 bilhões em valor de mercado na sexta-feira (8), com o resultado do quatro trimestre e a decisão da empresa de não pagar os aguardados dividendos extraordinários.
Mais cedo, em entrevista ao SBT, Lula afirmou que a Petrobras não pode pensar só nos acionistas nem se esquecer de que “tem uma missão”. O presidente também falou em “choradeira do mercado” e o comparou a “um dinossauro voraz que quer tudo para ele e nada para o povo”.
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“Se eu for atender apenas à choradeira do mercado, você não faz nada”, afirmou o petista. “Será que o mercado não tem pena das pessoas que passam fome? Será que o mercado não tem pena de 735 milhões de pessoas que não têm o que comer? Será que o mercado não tem pena das pessoas que dormem na sarjeta no centro de São Paulo e do Rio de Janeiro? Será que o mercado não tem pena das meninas com 12 e 13 anos que, às vezes, vendem o corpo por causa de um prato de comida?”, questionou Lula.
Também participaram da reunião de Lula com Prates os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil), além de diretores da estatal. O presidente publicou uma foto dos presentes no Palácio do Planalto (veja na imagem acima), e Haddad e Silveira conversaram com a imprensa após a reunião.
Dividendos da Petrobras
Haddad disse não ser papel da Fazenda pressionar, de um “lado ou de outro”, na discussão sobre a distribuição de dividendos da Petrobras. E ressaltou que o orçamento de 2024, que traça a meta de zerar o déficit primário, não conta com esses recursos. “Por isso não fizemos constar, justamente para deixar o conselho da companhia com um grau de liberdade para julgar quanto e quando distribuir dividendos extraordinários”.
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O ministro reconheceu que a distribuição de dividendos extraordinários melhoraria as contas publicas, mas disse que a pasta não depende disto. Também disse que a União deverá ser beneficiada por lucros ordinários de outras estatais que vieram acima do previsto, como o Banco do Brasil (BBAS3).
Já Silveira disse que a Petrobras pode revisar sua decisão de reter os dividendos extraordinários, que foram colocados em uma conta de reserva de remuneração de capital. O ministro negou que o assunto tenha sido discutido na reunião.
(Com Estadão Conteúdo)