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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta segunda-feira (22) que os R$ 300 bilhões disponíveis para financiamento na nova política industrial do Brasil será um “alento” para que o país saia do patamar em que se encontra e dê um “salto de qualidade”. Ele cobrou dos ministros um acompanhamento para garantir o cumprimento das ações previstas.
A “Nova Indústria Brasil” foi apresentada hoje, durante evento no Palácio do Planalto, e vai disponibilizar até R$ 300 bilhões em financiamentos até 2026. Cerca de um terço do recurso (R$ 106 bilhões) já havia sido anunciada na primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), em julho de 2023, e o governo anunciou mais R$ 194 bilhões ao programa, provenientes de diferentes fontes de recursos.
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Em seu discurso, o presidente ressaltou que é necessária uma mudança na postura do Brasil perante o mercado externo. “Uma coisa que o ministro Rui Costa disse e que tem que se levar em conta é que, muitas vezes, para que o Brasil se torne competitivo, o Brasil tem que financiar alguma das coisas que quer exportar. A gente não pode agir como sempre agiu, que todo mundo é obrigado a gostar do Brasil, que todo mundo vai comprar do Brasil, sem que a gente cumpra nossas obrigações. O debate a nível de mercado internacional é muito competitivo, é uma guerra.”
Lula cobrou os ministros por uma continuidade de estudos do ato desta segunda. “É muito importante para o Brasil que a gente volte a ter uma política industrial inovadora, totalmente digitalizada como o mundo exige hoje, e que a gente possa superar, de uma vez por todas, esse problema de o Brasil nunca ser um país definitivamente grande e desenvolvido. Estamos sempre na beira mas nunca chegamos lá.”
O chefe do Executivo afirmou que, antigamente, o problema do país era o dinheiro, mas agora é possível resolver os gargalos com mais facilidade, com os recursos disponíveis para financiamento. “Se dinheiro não é problema, então precisamos resolver as coisas com muito mais facilidade”, disse. “Nós precisamos também fazer com que os empresários brasileiros acreditem um pouco no Brasil.”