Lula diz esperar aprovação de PL dos apps de transporte e volta a citar iFood

Presidente diz que principal aplicativo de delivery do país reluta a fazer acordo com entregadores

Equipe InfoMoney

Publicidade

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta quinta-feira (7) que espera uma aprovação no Congresso Nacional, do projeto de lei (PL) que regulamenta os aplicativos de transporte, mais folgada do que uma lei semelhante que passou na Espanha.

Lula tem frequentemente citado que o tema passou no parlamento espanhol por apenas um voto. No começo da semana, no entanto, ele disse que “a discussão não será moleza”.

O presidente assinou na segunda-feira (4) o PL que regulamenta o trabalho dos motoristas de aplicativos. Mas as novas regras valem apenas para transporte em veículos de quatro rodas.

Ele também voltou a mencionar o iFood, principal aplicativo de delivery do país, voltado a restaurantes, e disse que a empresa está relutando a fazer um acordo com os entregadores.

No evento de segunda, o ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho (PT), afirmou que o governo também avançará sobre a regulamentação de aplicativos de entregas e mandou um recado para o iFood e o Mercado Livre (MELI34).

“Não adianta o iFood mandar recado. E como manda recado, presidente… Nós conversamos um ano inteiro. O fato é que iFood, Mercado Livre e as demais [plataformas] diziam que o padrão dessa negociação não cabe no seu modelo de negócio”, criticou Marinho. “É preciso que essas plataformas possam sentar para conversar e saber que precisaremos estabelecer padrão remuneratório que ofereça condições dignas para esses trabalhadores.”

Continua depois da publicidade

O iFood respondeu o ministro e disse que chegou a aceitar uma proposta do governo para regular também os aplicativos de entregas. Segundo a empresa, a fala “não é verdadeira”, pois aceitou “a última proposta feita pelo próprio ministro Marinho”.

Nesta quinta, Lula também afirmou que “logo logo” haverá um acordo para a Vale (VALE3) pagar reparações a Minas Gerais, Espírito Santo e Brumadinho (MG), por causa do colapso das barragens da Samarco, em 2016, e da empresa, em 2019.