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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (12) que escolheu uma “mulher bonita” para estreitar os laços com o Congresso Nacional.
A fala do presidente se refere a recém-empossada ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
“É muito importante trazer aqui o presidente da Câmara (Motta) e o presidente do Senado (Davi Alcolumbre). Porque uma coisa, companheiros, que eu quero mudar, estabelecer a relação com vocês… Por isso eu coloquei essa mulher bonita para ser ministra de Relações Institucionais, é que eu não quero mais ter distância entre vocês”, disse o presidente.

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A fala de Lula, no entanto, não foi unânime. A escolha de Gleisi gerou resistência, principalmente entre aliados que defendiam a indicação de um nome mais conciliador para o cargo, em meio a um cenário político complexo. Setores do Centrão, que ocupam espaços no governo, temem que o perfil rígido de Gleisi possa dificultar as negociações políticas.
Dentro do próprio PT, a nomeação também gerou divisão. Alguns membros do partido veem na escolha um fortalecimento do controle interno e um fechamento do governo em torno da sigla, o que poderia prejudicar alianças para as eleições de 2026. Outros, no entanto, apontam a experiência de Gleisi na articulação política da campanha de 2022 como um ponto positivo para o cargo.
Apesar das críticas, Gleisi Hoffmann sempre foi uma figura de confiança de Lula, e aliados do governo acreditam que sua atuação no Planalto será pragmática. A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) é tradicionalmente uma pasta com grande influência nas decisões do presidente, sendo considerada o centro de articulação política dentro do governo federal.