Publicidade
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (21), que o governo não deverá anunciar o novo arcabouço fiscal nesta semana. A declaração contraria sinalização dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), de que o projeto de lei complementar poderia ser tornado público antes da viagem oficial à China, marcada para sábado (25).
Há forte expectativa do mercado pelo texto, que, pelo que estabelece a PEC da Transição, pode ser encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional até 31 de agosto – prazo antecipado duas vezes por Haddad para que o novo modelo pudesse ser usado na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.
Mas Lula argumenta que é necessário estar no país nos dias subsequentes ao anúncio da regra que substituirá o teto de gastos, para que se possa fazer a defesa do modelo e debater com a classe política e com agentes econômicos.
Continua depois da publicidade
“Não temos que indicar nosso modelo de marco fiscal agora. Vamos viajar para a China e, quando a gente voltar, a gente apresenta”, afirmou o presidente em entrevista ao site Brasil 247.
“Por que não pode ser antes da volta? Nós embarcamos sábado. Haddad não pode comunicar uma coisa e sair. Seria estranho. Não. Ele tem que anunciar e ficar aqui para debater, para responder, para dar entrevista, para conversar com o sistema financeiro, conversar com a Câmara dos Deputados, com o Senado, com os outros ministros, com empresários. O que não dá é ir embora”, disse.
Lula alegou que a visita para a China é “muito curta” e que é possível aguardar o retorno para fazer o anúncio. Mas, segundo ele, a proposta “já está madura”.