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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou durante encontro do G7 neste sábado (20) que o mundo vive atualmente “múltiplas crises”, criticou “a formação de blocos antagônicos” e disse que a solução é a reforma da ONU, principalmente de seu Conselho de Segurança.
O discurso foi feito durante sessão de trabalho do G7 (grupo que reúne 7 dos 8 países mais industrializados do mundo). Formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, o G7 não tem a participação da China.
Lula afirmou que “o mundo hoje vive a sobreposição de múltiplas crises”, como a pandemia da Covid-19, as mudanças climáticas, tensões geopolíticas, a guerra entre Rússia e Ucrânia, pressões sobre a segurança alimentar e energética em diversos países e ameaças à democracia.
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“Para enfrentar essas ameaças é preciso que haja mudança de mentalidade. É preciso derrubar mitos e abandonar paradigmas que ruíram”, afirmou o presidente brasileiro. “A solução não está na formação de blocos antagônicos ou respostas que contemplem apenas um número pequeno de países”.
“Sem reforma de seu Conselho de Segurança, com a inclusão de novos membros permanentes, a ONU não vai recuperar a eficácia, autoridade política e moral para lidar com os conflitos e dilemas do século XXI”, afirmou Lula em seu discurso.
O presidente brasileiro se sentou ao lado do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante a sessão, e disse que “um mundo mais democrático na tomada de decisões que afetam a todos é a melhor garantia de paz, de desenvolvimento sustentável, de direitos dos mais vulneráveis e de proteção do planeta”.
“Isso será particularmente importante neste contexto de transição para uma ordem multipolar, que exigirá mudanças profundas nas instituições. Nossas decisões só terão legitimidade e eficácia se tomadas e implementadas democraticamente”, defendeu Lula.
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