BRASÍLIA (Reuters) – O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deverá ir aos Estados Unidos para um encontro com o presidente norte-americano, Joe Biden, ainda antes da posse, em 1º de janeiro, afirmou nesta quarta-feira o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
De acordo com uma fonte a par do assunto, o convite deverá ser feito na segunda-feira, em encontro de Lula com dois enviados do presidente norte-americano, o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, e o assessor para América Latina, Juan Gonzalez, que estarão em Brasília.
A data ainda não foi definida, mas a visita deverá ocorrer antes do Natal.
Haddad, que passou os últimos três dias acompanhando o presidente eleito em reuniões em Brasília, disse que Lula recebeu vários convites, mas, por falta de tempo, deverá ir antes da posse apenas aos Estados Unidos e à Argentina.
Logo depois de eleito, Lula anunciou que pretendia fazer várias viagens ainda antes da posse, incluindo Estados Unidos, Argentina, China e algum país europeu.
O tempo exíguo, no entanto, e a necessidade de investir pessoalmente na negociação da PEC do Bolsa Família, além da participação na COP27, cúpula do clima das Nações Unidas no Egito, teriam mudado inicialmente os planos do presidente eleito, que programava uma ida aos EUA nos primeiros meses de 2023.
Biden foi um dos primeiros chefes de Estado a cumprimentar Lula pela vitória, ainda na noite do domingo da eleição, em uma posição articulada pelos norte-americanos –e outros países– de reconhecer imediatamente o resultado eleitoral e ajudar a evitar maiores questionamentos. O presidente norte-americano conversou por telefone no dia seguinte à posse.
Na posse, o governo norte-americano deverá ser representado pelo secretário de Estado, Antony Blinken, de acordo com uma fonte ouvida pela Reuters.