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Escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o advogado José Rodrigo Sade assumirá a cadeira remanescente no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que deve julgar o senador Sergio Moro (União Brasil) em um processo que pode levar à cassação de seu mandato.
O nome de Sade integrava uma lista tríplice que foi encaminhada a Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no começo de fevereiro. Sua indicação como juiz titular foi publicada na edição desta quinta-feira (22) do Diário Oficial da União. Ele assumirá a vaga deixada por Thiago Paiva dos Santos, que encerrou seu mandato no TRE-PR no fim de janeiro.
Após a confirmação do nome de Sade, com a formação completa do colegiado, o tribunal deve marcar nos próximos dias a data do julgamento de Moro. O TRE-PR é composto por sete integrantes.
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No fim de janeiro, o relator do processo no TRE-PR, Luciano Falavinha, concluiu sua análise do caso e liberou a ação para julgamento. Em fevereiro, ao assumir a presidência do tribunal, o desembargador Sigurd Roberto Bengtsson anunciou que o caso só iria ao plenário após a escolha e posse do sétimo integrante da corte.
Moro é acusado pelo PT, de Lula, e pelo PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, de abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral de 2022. As legendas pedem a cassação do mandato parlamentar do ex-juiz da Lava Jato, sua inelegibilidade por oito anos e a realização de uma nova eleição para o Senado no Paraná.
No fim de 2021, Moro se filiou ao Podemos e era cogitado como possível candidato do partido à Presidência da República. Em março de 2022, a sete meses das eleições, o ex-juiz deixou a legenda e migrou para o União Brasil, como pré-candidato ao Senado por São Paulo. Em junho, após ter a troca de domicílio eleitoral vetada pela Justiça, Moro anunciou a candidatura a uma vaga de senador pelo Paraná.