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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma reunião de emergência neste domingo (8), no Palácio do Planalto, para tratar da escalada da tensão na Venezuela. Participaram a secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha, e assessores do órgão. A informação foi publicada pelo colunista Jamil Chade, do UOL.
A crise no país se intensificou na sexta-feira (6) após forças de segurança da Venezuela cercarem a embaixada da Argentina em Caracas depois que o país revogou autorização que dá ao Brasil poder para representar os interesses da embaixada argentina. O local é administratado pelo Brasil desde o início do mês passado porque o governo de Nicolás Maduro expulsou o embaixador argentino.
Em nota, o Itamaraty disse que o governo brasileiro “recebeu com surpresa a comunicação do governo venezuelano de que tenciona revogar o seu consentimento para que o Brasil proteja os interesses da Argentina na Venezuela”.
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Além do cerco à embaixada, outro episódio que escalou a tensão foi a fuga de Edmundo González, principal representante da oposição, para a Espanha, que lhe concedeu asilo político alguns dias depois de ele ter recebido ordem de prisão por ter contestado o resultado eleitoral, apontado como fraude por diversas entidades.
Embora a autoridade eleitoral da Venezuela tenha declarado que Maduro venceu com 51,95% dos votos, a oposição publicou mais de 80% das atas de votação que mostram que González recebeu quase 70%.
González chegou à Espanha na manhã deste domingo. “O exílio forçado do presidente eleito do país é um dia triste para os milhões que votaram nele”, disse Ryan Berg, diretor do Programa das Américas no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, para a Bloomberg. “Também torna a transição política ainda mais distante.”
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O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, disse que o asilo foi solicitado pelo próprio opositor. “O governo da Espanha está comprometido com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos”.
(Com Bloomberg e Agência Brasil)