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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizará uma reunião com ministros para tratar da alta dos preços dos alimentos, tema que tem impactado negativamente na avaliação do governo. A reunião está prevista para esta sexta-feira, às 9h30 (horário de Brasília), no Palácio do Planalto.
Participarão do encontro o ministro da Casa Civil, Rui Costa; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck; e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
O diretor-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, além de secretários dos ministros também foram convocados para a reunião.
Lula deve cobrar novamente dos ministros a apresentação de soluções para redução do preço dos alimentos, que vem sendo observada desde o ano passado e que deve persistir neste ano. Carnes, açúcar e café devem pressionar a inflação dos alimentos, enquanto a maior safra de grãos pode aliviar o movimento inflacionário.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal medida de inflação do Brasil, encerrou 2024 em 4,83%, acima do teto da meta de 4,5% estabelecida pelo Banco Central. A inflação do grupo Alimentação e Bebidas, por sua vez, acumulou alta de 7,69% em 12 meses.
Na quinta-feira, a Casa Civil negou que esteja em discussão uma intervenção de forma artificial para reduzir os preços dos alimentos. O posicionamento ocorreu após o chefe da pasta, Rui Costa, ter falado pela manhã de quarta que terá conversas com ministérios “para buscar conjunto de intervenções que sinalizem para o barateamento dos alimentos”.
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Costa participou nesta quarta de entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, do CanalGov, veículo institucional do governo federal, e disse que teria conversas com os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Fazenda “para buscar conjunto de intervenções que sinalizem para o barateamento dos alimentos”.
A fala do ministro gerou repercussão e questionamentos sobre que tipo de intervenção deve ser tomada. O governo, porém, nega tal ação e admite que o ministro usou a palavra inadequadamente.
Após a entrevista, a Casa Civil divulgou uma nota com os principais pontos da entrevista. Na publicação, porém, o ministério altera a fala, substituindo o termo “intervenções” por “ações”. “Vamos fazer algumas reuniões, com os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, da Fazenda, para buscar um conjunto de ações que sinalizem para o barateamento dos alimentos”, diz a publicação, em referência ao que o ministro teria falado.