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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou, na noite de quinta-feira (14), a aprovação do nome do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que o Brasil terá um “ministro comunista” na corte.
“Pela primeira vez na história deste país conseguimos colocar na Suprema Corte um ministro comunista, o companheiro Flávio Dino”, disse Lula, durante a 4ª Conferência Nacional de Juventude, em Brasília.
Na quarta-feira (13), Dino teve seu nome aprovado para o STF, com um placar apertado no plenário do Senado, de 47 votos favoráveis, 31 contrários e 2 abstenções — eram necessários pelo menos 41 votos.
Em sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Dino procurou convencer os parlamentares de que não será um político em atuação no STF, mas sim um magistrado que observará a lei.
“Se amanhã, qualquer adversário político que eventualmente eu tenha tido, em algum momento, chegar lá (no STF), por alguma razão — e eu espero que não chegue –, evidentemente terá o tratamento que a lei prevê”, disse Dino na sabatina.
Lula também afirmou que é preciso ter “muita paciência política, porque a gente tem que negociar com muita gente”.
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“Temos que conversar com pessoas que vocês não gostam, com pessoas que vocês ficam até com ojeriza quando veem o Lula conversando”, afirmou o presidente à plateia de estudantes, referindo-se a si mesmo.
Desde o início do atual mandato, Lula e os membros de seu governo têm se esforçado para construir uma base de apoio ampla no Congresso, para aprovação de projetos de interesse do Planalto. Para isso, há interlocução com parlamentares de outros espectros ideológicos, como os do centrão, o que é criticado por setores da própria esquerda.
Ao tratar de política, Lula também defendeu que os jovens presentes ao evento conversem com outros jovens, incluindo os conservadores, para elevar o grau de politização entre eles.
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“É o desafio que está para vocês: construam a causa de vocês, a causa de tornar esse país um país grande, um país respeitado”, disse o presidente. “Este país está nas nossas mãos, este país está na nossa capacidade de falar para fora de nós mesmos.”
Ações na Educação
Em seu discurso, feito de improviso, Lula voltou a citar ações em planejamento pelo governo para a área educacional, entre elas a criação de uma faculdade de matemática no Rio de Janeiro — que receberá jovens participantes da Olimpíada Brasileira de Matemática — e de uma unidade do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no Ceará.
Lula afirmou ainda que o governo criará um sistema de poupança para estudantes do ensino médio, em que eles poderão sacar os recursos após completarem o ciclo educacional.