Lula anuncia Simone Tebet, Marina Silva e outros 14 nomes como ministros

Foram apresentados mais 16 indicados para ocupar a Esplanada dos Ministérios, totalizando 37 pastas com comando definido

Marcos Mortari

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva

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O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou, nesta quinta-feira (29), novos nomes para o ministério de seu governo. Foram apresentados mais 16 indicados para ocupar a Esplanada dos Ministérios, totalizando 37 pastas com comando já definido.

O pronunciamento, inicialmente previsto para as 11h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sofreu um atraso de quase 2 horas, em mais um indicativo das dificuldades enfrentadas por Lula em acomodar pressões políticas por espaços no novo governo.

Desta vez, como esperado, as indicações ficaram concentradas em figuras de partidos políticos, como MDB, PSD e União Brasil, consideradas fundamentais para a construção de uma base aliada sólida para o novo governo no Congresso Nacional.

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Juntas, as legendas deverão ter 143 deputados federais e 31 senadores na próxima legislatura.

Foram anunciados nomes já aguardados, como da senadora Simone Tebet (MDB-MS), para o Ministério do Planejamento; e da deputada federal Marina Silva (Rede-SP), para o Ministério do Meio Ambiente.

E surpresas como o nome de Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) para o Ministério do Turismo, e Sonia Guajajara (PSOL-SP), para o Ministério dos Povos Indígenas.

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“No meu governo não há medo de escolher político. Sou daqueles que acham que fora da política, não encontramos solução para quase nada no planeta”, disse Lula.

Veja a lista dos novos nomes anunciados:

Ministério dos Povos Indígenas: Sonia Guajajara (PSOL-SP)

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Ministério da Previdência Social: Carlos Lupi (PDT)

Ministério do Esporte: Ana Moser

Ministério das Cidades: Jader Barbalho Filho (MDB-PA)

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Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes (PDT-AP), indicado pelo União Brasil (o político se afastará de seu atual partido).

Ministério do Meio Ambiente: Marina Silva (Rede-SP)

Ministério dos Transportes: Renan Filho (MDB-AL)

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Ministério de Minas e Energia: Alexandre Silveira (PSD-MG)

Ministério das Comunicações: Juscelino Filho (União Brasil-MA)

Ministério do Turismo: Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ)

Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: Paulo Teixeira (PT-SP)

Ministério da Agricultura e Pecuária: Carlos Fávaro (PSD-MT)

Ministério da Pesca e Aquicultura: André de Paula (PSD-PE)

Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta (PT-RS)

Gabinete de Segurança Institucional: Gonçalves Dias

Ministério do Planejamento e Orçamento: Simone Tebet (MDB-MS)

Todos os ministros indicados, tanto os novos como os anunciados em outras ocasiões, estavam presentes no pronunciamento desta quinta-feira no CCBB, sede do gabinete de transição de governo, em Brasília.

“Temos conversado e, depois de muitos ajustes, nós terminamos de montar o primeiro escalão do governo. Não menos importante, a partir da posse, a gente vai começar a discutir o segundo escalão, os cargos do governo federal em cada estado, para que a gente possa dentro de pouco tempo estar tendo todas as informações para fazer a máquina funcionar”, disse Lula.

Lideranças no Poder Legislativo

O presidente eleito também aproveitou o pronunciamento para confirmar os nomes de José Guimarães (PT-CE), como líder do governo na Câmara dos Deputados, e de Jaques Wagner (PT-BA), como líder do governo no Senado Federal.

Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi indicado como líder da próxima administração no Congresso Nacional. “Nada disso dará certo se não tivermos bons líderes na Câmara e no Senado”, disse Lula durante o pronunciamento.

“A construção do governo continua inclusive depois da posse”, afirmou.

Lula disse que pretende fazer uma reunião com todos os ministros em seus primeiros dias de governo. O presidente eleito também disse que encontrará os governadores para fazer um levantamento dos três principais projetos de infraestrutura de cada Estado.

“Vamos começar o governo trabalhando, porque precisamos gerar emprego, pagar salário, distribuir renda e ver se esse povo tem o direito de sofrer menos do que está sofrendo”, disse.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.