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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a afirmar, nesta segunda-feira (3), que a terceira edição do Programa de Aceleração do Crescimento (o PAC, marca de suas gestões anteriores) será lançada pelo governo federal ainda em julho.
O anúncio foi feito durante cerimônia de lançamento das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, em Ilhéus (BA). Em seu discurso, Lula disse que, além do novo programa de desenvolvimento e infraestrutura, serão lançados os programas Água Para Todos e Luz Para Todos, mas não indicou datas para cada ação.
Segundo o mandatário, o novo PAC vai abranger principalmente obras de infraestrutura, como investimentos em ferrovias, portos e aeroportos, além de unidades habitacionais contempladas pelo Minha Casa, Minha Vida.
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“Nós vamos agora, em julho, lançar um programa de desenvolvimento outra vez. Vai ser PAC nº 3. Em que a gente vai discutir ferrovias, portos, aeroportos. O Minha Casa Minha Vida vai voltar com 2 milhões de casas para a gente construir. A gente vai voltar com o Água para Todos, o Luz Para Todos”, disse.
No discurso, Lula reafirmou o compromisso do governo com o crescimento econômico e disse à plateia formada por empresários e aliados políticos que, se o país tivesse mantido o ritmo de desenvolvimento alcançado em suas gestões anteriores, atualmente ocuparia o posto de 4ª economia global.
O presidente, que voltou a disparar críticas à gestão de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), defendeu que, para atrair investidores e retomar o desenvolvimento, o país precisa de estabilidade, credibilidade e previsibilidade no cenário político e econômico ‒ tripé citado com frequência por ele durante a campanha eleitoral de 2022.
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Ao citar a necessidade de haver segurança jurídica para recuperar a credibilidade junto aos empresários, Lula disse que é preciso “colocar no papel e cumprir para que ninguém seja pego de surpresa”.
O mandatário também defendeu em sua fala que o país volte a gerar empregos e produzir itens que passou a importar ao longo dos últimos anos, citando o exemplo de trilhos para a construção de ferrovias.
“É uma vergonha um país do tamanho do Brasil, que quer ter uma malha ferroviária para facilitar o transporte da riqueza, ter que importar trilho de outro país, com a quantidade de minério de ferro que temos e a quantidade de siderúrgicas que temos”, criticou.
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“É de interesse da soberania nacional a gente fazer essa ferrovia e outras no país, para que a gente possa ter esse país competitivo com qualquer outro país do mundo. O Brasil será do tamanho que a gente quiser que ele seja”, pontuou.
Planejada para melhorar o escoamento da produção de minério de ferro e de grãos, a Ferrovia Oeste-Leste conta com mais de 1,5 mil quilômetros de extensão e irá ligar o estado da Bahia ao Tocantins. A conclusão das obras está prevista pelos responsáveis para 2027, mas Lula pressiona para que a entrega ocorra ainda durante seu mandato, que vai até 31 de dezembro de 2026.