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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu, nesta terça-feira (27), que foi “grande” a manifestação promovida dois dias atrás por seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), na Avenida Paulista. Lula disse que “não é possível negar um fato”, referindo-se ao contingente de bolsonaristas reunidos em São Paulo (SP) no domingo (25).
O político, no entanto, deixou no ar uma desconfiança sobre as motivações e como tanta gente foi ao evento e disse que o ato foi “em defesa do golpe” − uma alusão à suposta tentativa de golpe de Estado costurada por Bolsonaro e aliados ainda em 2022, que é objeto de investigação por parte da Polícia Federal.
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“Eles fizeram uma manifestação grande em São Paulo. Mesmo quem não quiser acreditar, é só ver a imagem”, disse Lula em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, que foi gravada nesta manhã e será exibida na íntegra na RedeTV! hoje à noite. “Como as pessoas chegaram lá, ‘é outros 500′”.
“Eles todos com muito medo, muito cuidado”, pontou Lula, em trecho divulgado pelo site UOL. “De qualquer forma, é importante a gente ficar atento, porque essa gente está demonstrando que não está para brincadeira”.
Durante a entrevista, ele disse que o ato foi um “protesto contra a democracia” e criticou o pedido de anistia feito por Bolsonaro aos presos pelas invasões às sedes dos Três Poderes, em 8 de Janeiro.
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O ato na Avenida Paulista reuniu entre 650 mil e 750 mil pessoas, segundo estimativas divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP-SP) – cujo governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é aliado de primeira hora de Bolsonaro e participou da manifestação. Já o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), estimou um contingente de 185 mil manifestantes.