Lula a empresários: população mais pobre não compra dólar, mas compra comida

O presidente da República participou de reunião fechada com ministros e empresários do setor da indústria de alimentos, na terça-feira (16), no Palácio do Planalto, e projetou um crescimento maior da economia em 2024

Estadão Conteúdo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em reunião com ministros e empresários no Palácio do Planalto (Foto: Claudio Kbene / PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em reunião com ministros e empresários no Palácio do Planalto (Foto: Claudio Kbene / PR)

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Em reunião fechada com empresários da indústria de alimentos no Palácio do Planalto, na tarde de terça-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a circulação de dinheiro para impulsionar a economia e disse que a população mais pobre não compra dólar, mas comida.

Lula deu a declaração em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, e o áudio foi divulgado pela assessoria de imprensa da Presidência da República.

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O evento reuniu ministros, empresários e representantes da indústria de alimentos. Ao todo, a lista de participantes somava 28 presentes.

“O povo mais pobre, o povo mais humilde, quando ele tem um pouquinho de dinheiro, ele não compra dólar; ele compra comida”, afirmou o presidente.

No mesmo encontro, Lula disse que o Brasil crescerá mais do que 2,5%, se o dinheiro circular. “Se o dinheiro que nós colocamos em circulação nesse país estiver rodando, a gente vai crescer mais do que 2,5%”, afirmou.

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“Ele [o pobre] compra coisa para a família”, disse Lula. “É este país que nós queremos que dê certo. É fazer com que o dinheiro deste país circule. É por isso que a gente aumenta o salário mínimo de acordo com o PIB, porque é normal que, quando o PIB cresça, a gente distribua o PIB entre todo mundo: entre os empresários, entre os trabalhadores, entre os aposentados… Afinal de contas, é o crescimento do país”, prosseguiu.

Lula também criticou pessoas que “vivem de dividendos” e afirmou que é necessário apostar na capacidade produtiva.

“Este país precisa parar de ter gente vivendo de dividendos e ter gente vivendo de trabalho, de geração de emprego, de geração de renda, porque é isso que faz a economia girar”, disse o petista.

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“Ou vocês confiam naquilo que a gente está fazendo e apostam na capacidade produtiva ou não dá certo”, concluiu.