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SÃO PAULO – O apresentador global Luciano Huck apresentou sua defesa ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) após ser acusado (junto a Fausto Silva e à rede Globo) pelo PT de ter promovido sua eventual candidatura ao Planalto no ‘Programa do Faustão’, no começo de janeiro. O global pediu o arquivamento de representação.
“Luciano Huck em instante algum apresentou-se como candidato, não pediu voto a quem quer que seja e reitera, como dito anteriormente, que não será candidato no pleito de 2018”, afirmou a defesa. Em iniciativa assinada pelos líderes do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), e no Senado, Lindbergh Farias (RJ), o partido tinha pedido a investigação de suposto crime eleitoral por abuso dos meios de comunicação e de poder econômico.
Já os advogados de Huck sustentam que a ida ao “Domingão” foi “produção de entretenimento” e que os rumos do país, tema de parte da ida dele ao programa dominical, são preocupações de todo brasileiro. “Falar de política não pode ser um monopólio de políticos”, afirmaram.
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Ao tribunal eleitoral, a defesa do apresentador disse ainda que, se a participação do presidente Michel Temer em vários programas do SBT é admitida, “não há motivo para se pretender recriminar” seu cliente por defender, no Faustão, “a necessidade de renovação da carcomida política nacional”. O ministro Napoleão Nunes Maia, corregedor do TSE, recebeu a defesa do apresentador na terça-feira.
Mas, apesar das negativas oficiais, a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, destaca que os políticos e empresários seguem se movimentando para inflar a candidatura de Huck, citando FHC, que chamou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para conversar na terça-feira. O assunto seria a viabilidade de uma candidatura do apresentador. O governador Paulo Hartung (MDB-ES), citado como opção de vice em uma chapa de Huck, também esteve no encontro. Na reunião, FHC e Hartung falaram sobre a necessidade de, caso o apresentador aceite disputar, criar uma rede de apoio a ele.