Lira: Senado poderá lançar ‘olhar mais agudo’ sobre texto da reforma tributária

Parlamentar defendeu que essência do texto, pelo aumento da base da arrecadação com segurança jurídica para atrair novos investimentos, seja mantida

Luís Filipe Pereira

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), admitiu, no fim da manhã desta sexta-feira (7), que o Senado Federal poderá sugerir modificações no texto-base da reforma tributária aprovado na Câmara dos Deputados. Ainda que a matéria esteja sujeita a propostas de alterações, ele também defendeu que a essência do projeto seja mantida ao longo das discussões entre os senadores.

A jornalistas, Lira comparou a atuação das duas Casas legislativas. Segundo ele, enquanto na Câmara há uma dificuldade  maior para construir consenso, devido à amplitude de ideologias, no Senado existe a possibilidade dos parlamentares lançarem um “olhar mais agudo” sobre a proposta, e sugerir mudanças. Para o parlamentar, o principal é que seja mantido o compromisso a partir do aumento da base da arrecadação, com segurança jurídica para atrair novos investimentos e garantir geração de empregos.

“Espero que o Senado trate o tema com o olhar que merece. A casa federativa vai ter todo tempo do mundo para fazer as mudanças que podem ser necessárias ao texto. A Câmara é uma casa mais eclética e o Senado poderá fazer uma discussão com um olhar mais agudo”, destacou.

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Por se tratar de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), a matéria depende do apoio de 3/5 em todas as votações de mérito nos plenários das Casas legislativas. Isso significa que são necessários, no mínimo, 308 votos de deputados e 49 de senadores. Lembrando que, enquanto a Câmara dos Deputados é composta por 513 parlamentares, o Senado é formado por 81 representantes eleitos pelo voto popular.

Sem esconder a satisfação pela vitória da proposta em dois turnos de votação, que começou na quinta-feira (6) e avançou pela madrugada na Câmara, Lira sinalizou ter esperança de que a aprovação da reforma tributária na Casa seja mais um fator para contribuir para a redução da taxa de juros, em decisão que pode ser tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em reunião prevista para agosto.

Em junho, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75%, pelo sétimo encontro consecutivo.  No comunicado divulgado após a decisão, o Banco Central retirou a referência que fazia a uma possível retomada de ciclo de aperto, caso o processo desinflacionário não ocorra dentro do esperado.

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“É um legado para o Congresso Nacional, para a Câmara dos Deputados. A PEC é do país, e eu espero que com sua aprovação no Senado espero um texto concentrado no aumento da base de arrecadação, com segurança jurídica para quem gera emprego e para quem quer investir nesse país”, concluiu Lira.