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SÃO PAULO – Um dos sócios da OAS, o empreiteiro Léo Pinheiro deve adiantar, em depoimento ao juiz Sergio Moro nesta quinta-feira (20), parte do que promete entregar em um possível acordo de delação premiada com a operação Lava Jato. Fonte de recursos volumosos ao mundo político, o empresário será ouvido na ação que envolve a reforma de um tríplex no Guarujá (SP), supostamente destinado ao ex-presidente, que nega as acusações.
Conforme noticia o jornal Folha de S. Paulo, envolvidos nas investigações relataram que o empreiteiro negociou com os procuradores relatar com detalhes sobre os favores prestados a Lula e pessoas próximas a ele. Para eles, o depoimento de Pinheiro a Moro será decisivo para o êxito de um futuro acordo de delação.
As conversas com o empreiteiro foram retomadas há poucos meses, depois do fechamento de acordo de colaboração da Odebrecht com as investigações. No ano passado, as tratativas com Pinheiro foram suspensas pela Procuradoria-Geral da República após vazamento de informações referentes ao ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli.
Na ação do tríplex no Condomínio Solaris, o Ministério Público acusa Lula de ter recebido R$ 3,7 milhões em propinas pagas pela OAS, fruto de contratos firmados com a Petrobras. A construtora também teria pago pelo transporte e armazenamento de bens do petista obtidos durante seu mandato como presidente. Contam os investigadores que a OAS gastou cerca de R$ 770 mil na reforma do apartamento.