“Lamentável”, diz Alckmin sobre posse de Maduro na Venezuela

Ministros do governo brasileiro, como Renan Filho (MDB) e Silvio Costa Filho (Republicanos), também se manifestaram contra a posse de Nicolás Maduro na Venezuela. Brasil mandou embaixadora

Equipe InfoMoney

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços - MDIC (Foto: Edu Andrade/ Ascom/ MF)
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços - MDIC (Foto: Edu Andrade/ Ascom/ MF)

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O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) classificou como “lamentável” a posse do ditador Nicolás Maduro para seu terceiro mandato na presidência da Venezuela

Em entrevista à CNN Brasil, nesta sexta-feira (10), Alckmin reiterou a posição brasileira de não reconhecer as eleições que reconduziram o chavista ao poder.

Segundo ele, “a democracia é civilizatória e precisa ser fortalecida, as ditaduras suprimem a liberdade”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não se manifestou sobre a posse.

Ministros também criticam

Ministros do governo brasileiro também se manifestaram contra a posse de Maduro. O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), classificou o líder venezuelano como um “ditador incansável” e disse que a tomada do governo “pela força bruta e sem legitimidade precisa ser condenada”. 

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), afirmou que o evento foi “um ataque aos princípios democráticos” e defendeu liberdade e prosperidade para o povo venezuelano.

Governo Lula mandou embaixadora

Apesar da manutenção de um relacionamento diplomático básico com o país vizinho, o Brasil segue pressionando pela divulgação das atas eleitorais pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano. A embaixadora Glivânia Oliveira foi enviada a Caracas em um gesto de protocolo, enquanto o governo evitou enviar líderes de alto escalão.

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A posse de Maduro, marcada por protestos e críticas, contou apenas com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, como chefe de Estado presente.

Nos últimos anos, o governo brasileiro tem evitado aproximações de alto escalão com a Venezuela. A tensão entre os dois países se intensificou após a exclusão da Venezuela do Brics, durante a reunião do bloco em 2024, decisão tomada pelo Brasil em resposta à falta de transparência no processo eleitoral venezuelano.

(Com Estadão Conteúdo)