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A convenção do PRTB que oficializou a candidatura do empresário e influenciador Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo (SP), que era contestada por seus adversários na corrida eleitoral, não teve “irregularidades insanáveis” que justificassem sua impugnação. Esta é a avaliação do juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, que analisou uma série de representações contra Marçal.
Entre as supostas irregularidades apontadas, estavam a falta de autorização do diretório nacional do PRTB para a realização da convenção, além do descumprimento do prazo de filiação previsto no estatuto do partido – de pelo menos 6 meses antes da convenção.
Marçal se filiou à sigla no dia 5 de abril. A convenção municipal do partido em São Paulo, que oficializou a candidatura do empresário, ocorreu no dia 4 de agosto, apenas 4 meses depois de seu ingresso na legenda.
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De acordo com a Justiça Eleitoral, no entanto, a convenção seguiu o rito determinado pela legislação eleitoral. A defesa de Marçal alegou que, “em se tratando de convenção municipal para a escolha de candidato às eleições municipais, estaduais e gerais, não se faz necessária filiação há mais de 6 meses da convenção”.
Segundo a Justiça Eleitoral, da lista de 42 presentes à convenção, “39 estavam em situação regular perante o estatuto do PRTB”.
Outro ponto mencionado pelos adversários de Marçal, de que o diretório nacional do PRTB não teria autorizado a convenção, também foi rechaçado pelo juiz eleitoral.
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“Não há irregularidade que seja considerada insanável para fins de macular o ato de convenção partidária e o processo eleitoral”, anotou o magistrado em sua decisão.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) também se manifestou de forma contrária à impugnação da candidatura de Marçal.
Em agosto, o mesmo juiz Antonio Maria Patiño Zorz já havia negado um pedido do PSB, da candidata Tabata Amaral, para barrar a candidatura de Pablo Marçal.
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Também foi o mesmo magistrado, por outro lado, que determinou a suspensão das redes sociais do candidato do PRTB por suposto abuso de poder econômico, atendendo a uma representação do PSB.
Liderança em pesquisa
Pablo Marçal, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos estão tecnicamente empatados na liderança da corrida eleitoral em São Paulo. É o que mostrou a pesquisa do Real Time Big Data, divulgada na terça-feira (3), consolidando um cenário que já vinha sendo apontado por outros institutos.
De acordo com o levantamento, Marçal aparece numericamente à frente dos dois principais concorrentes, com 21% das intenções de voto. Nunes, candidato à reeleição, e Boulos marcam 20% cada um.
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No segundo pelotão da disputa municipal, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) soma 9% das intenções de voto, tecnicamente empatada com o jornalista José Luiz Datena (PSDB), com 8%. A economista Marina Helena (Novo) marca 3% das intenções de voto.
Em relação à última pesquisa do instituto, realizada em julho, Pablo Marçal registrou um forte crescimento de 7 pontos percentuais (tinha 14%). Por outro lado, tanto Nunes quanto Boulos despencaram 9 pontos (ambos marcavam 29%).