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A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou nesta quarta-feira, 4, que é preciso agir com “muita parcimônia” sobre a possível flexibilização do Teto de Gastos, defendida por militares e integrantes da Casa Civil. Mais cedo, Bolsonaro indicou que pode apoiar a medida.
“Depende de uma análise técnica e tem que ir com muita parcimônia nisso. Até porque para ter qualquer revisão tem toda a questão do Congresso Nacional estar junto nessa pauta”, disse Joice.
Ela destacou que ainda não recebeu nenhuma ordem do presidente para trabalhar na proposta. “Vamos deixar a equipe técnica fazer os levantamentos aqui para ver se realmente precisa ou não fazer isso”, afirmou.
Pela manhã, Bolsonaro disse que, se nada for feito, vai ter que “cortar a luz de todos os quartéis do Brasil”. Ele deu a declaração ao ser questionado se o governo vai tomar alguma iniciativa para mudar o Teto de Gastos.
Bolsonaro relembrou, ainda, que dentro do Orçamento há despesas obrigatórias, e que elas “estão subindo”. “Acho que daqui a dois ou três anos vão zerar as despesas discricionárias (gastos de custeio e investimentos). É isso? Isso é uma questão de matemática, nem preciso responder para você, isso é matemática”, reagiu ao ser indagado por um jornalista se vai apoiar algum tipo de flexibilização do Teto.
Aprovado durante o governo do ex-presidente Michel Temer, o Teto de Gastos é um instrumento que limita o crescimento das despesas do Orçamento à inflação. A possibilidade de alterar a norma divide as alas política e econômica do governo.
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