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SÃO PAULO – Mais um episódio da declaração de voto de Joaquim Barbosa foi deflagrada neste sábado (27) anterior às eleições. Após o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) declarar voto em Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro rebater Barbosa, desta vez foi a vez do jurista se manifestar pelo Twitter.
Bolsonaro afirmou que, em suas redes sociais, “Barbosa divulga voto em Haddad, mas já está na história que ele mesmo disse que só Bolsonaro não foi comprado pelo PT no esquema de corrupção conhecido como Mensalão, que feria gravemente a democracia do nosso país anulando o Poder Legislativo”.
Logo em seguida, em uma sequência de tuítes, Barbosa rebateu o candidato do PSL: “faço um esclarecimento público para desmentir uma manipulação que vem sendo feita ao longo desta triste campanha eleitoral. Até a data de hoje eu ignorei completamente o uso do meu nome na campanha por um dos candidatos. Mudei de ideia porque hoje reiterou-se a manipulação”.
Barbosa continuou: “a manipulação foi reiterada em resposta ao exercício, por mim, da liberdade de dizer em quem vou votar amanhã” e “desde 2014 jamais emiti opinião sobre a conhecida Ação Penal 470 [mensalão]. Mudei de atividade profissional. Virei a página. Mas vou esclarecer às pessoas sem conhecimento técnico o seguinte: 1) a AP 470 envolvia sobretudo líderes e presidentes de partidos”.
Ele, então, concluiu: “Bolsonaro não era líder nem presidente de partido. Ele não fazia parte do processo do Mensalão. Só se julga quem é parte no processo. Portanto, eu jamais poderia tê-lo absolvido ou exonerado. Ou julgado. É falso, portanto, o que ele vem dizendo por aí”.
O processo de investigação do mensalão apurou votações no período em que Bolsonaro era deputado federal filiado ao PTB (2003 a 2005). Barbosa votou por aceitar a denúncia de 38 réus no processo.
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Enquanto Bolsonaro e Barbosa trocaram farpas pelo Twitter, Haddad agradeceu o voto do ex-ministro do STF, citando ainda outros nomes que manifestaram apoio a ele publicamente: “agradeço Joaquim Barbosa, Jarbas, Goldman, Marina e sobretudo os milhões de brasileiros que tem lutado para defender nossa democracia”.
Confira a sequência de tuítes de Joaquim Barbosa:
Faço um esclarecimento público para desmentir uma manipulação que vem sendo feita ao longo desta triste campanha eleitoral. Até a data de hoje eu ignorei completamente o uso do meu nome na campanha por um dos candidatos. Mudei de ideia porque hoje reiterou-se a manipulação.
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 27 de outubro de 2018
a manipulação foi reiterada em resposta ao exercício, por mim, da liberdade de dizer em quem vou votar amanha. Seguinte:
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 27 de outubro de 2018
desde 2014 jamais emiti opinião sobre a conhecida Ação Penal 470. Mudei de atividade profissional. Virei a página. Mas vou esclarecer às pessoas sem conhecimento técnico o seguinte: 1) a AP 470 envolvia sobretudo líderes e presidentes de partidos.
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 27 de outubro de 2018
Bolsonaro não era líder nem presidente de partido. Ele não fazia parte do processo do Mensalão. Só se julga quem é parte no processo. Portanto, eu jamais poderia tê-lo absolvido ou exonerado. Ou julgado. É falso, portanto, o que ele vem dizendo por aí.
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 27 de outubro de 2018
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