João Amoêdo: “o impeachment de Dilma não foi golpe, golpe é o que o PT está tentando fazer”

Candidato do partido Novo à presidência foi homenageado com o Prêmio Liberdade no 9º Fórum Liberdade e Democracia promovido pelo IFL-BH

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Homenageado com o prêmio Liberdade pelo IFL (Instituto de Formação de Líderes) de Belo Horizonte, o candidato à presidência pelo Partido Novo, João Amoêdo, destacou o processo de criação do Partido Novo em discurso proferido nesta segunda-feira (3) durante o 9º Fórum Liberdade e Democracia promovido pelo Instituto, que o InfoMoney transmitiu ao vivo.

A ideia de criar o partido começou a ser elaborada no fim de 2010, afirmou o candidato, depois que ele começou a ter desilusão com as lideranças políticas correntes. Porém, ele ressaltou que os problemas não eram só os gestores públicos, mas também o modelo brasileiro de estado.

De acordo com Amoêdo, a criação do Partido não foi fácil: a burocracia para que ele surgisse foi grande, além das diversas barreiras para a renovação da política. O candidato do Novo citou ainda a aprovação pelo Congresso do bilionário fundo partidário, dinheiro dividido em sua maior parte para aquelas legendas que possuem mais candidatos investigados na Operação Lava Jato. 

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Segundo ele, há também alguns erros conceituais na retórica política nacional, com o discurso recorrente de que as estatais são estratégicas, que o FGTS é necessário, que a reforma da previdência não é necessária e que o impeachment de Dilma Rousseff seria golpe. Porém, as estatais passaram a servir os políticos, enquanto o FGTS deveria ter uso livre e a saída da ex-presidente petista não foi golpe. 

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“O brasileiro só não é mais rico porque o Estado atrapalha”, afirmou Amoêdo, que ainda complementou: “o impeachment não foi golpe, golpe é que o PT está tentando fazer colocando como candidato um candidato já barrado”, referindo-se a Lula. 

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Segundo Amoêdo, durante muitos anos, o Estado brasileiro foi tirando a liberdade dos brasileiros e, ao invés da população demandar por mais liberdade, passou-se a pedir que o Estado arcasse com responsabilidades que deveriam ser dos cidadãos. Assim, os brasileiros ficaram sem liberdade e o Estado deixou de entregar o que propôs. Agora, “as pessoas acreditam que deveriam ter mais liberdade e mais responsabilidades. Junto com a nossa liberdade, vem nossa responsabilidade”, destacou o candidato do Novo, que ainda ressaltou que muita coisa nesse sentido está em jogo nessas eleições. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.