Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (União Brasil) vão ao 2º turno na disputa pelo governo da Bahia

Até o momento, Jerônimo tem 49,33% dos votos, enquanto ACM Neto tem 40,88% do total

Mitchel Diniz

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Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (União Brasil) irão se enfrentar em segundo turno na disputa pelo governo da Bahia, em 30 de outubro.

Com 99,11% das urnas apuradas no estado até as 23h28, matematicamente não há mais chance de definição em primeiro turno ou de alteração das duas primeiras colocações.

Até o momento, Jerônimo tem 49,33% dos votos, enquanto ACM Neto tem 40,88% do total. Os números estão sendo divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Jerônimo Rodrigues disputa uma eleição pela primeira vez. Ele é conhecido na Bahia por sua atuação como secretário estadual de Educação. Em sua carreira na administração pública, também assumiu cargos no então Ministério do Desenvolvimento Agrário do governo Dilma.

Rodrigues elaborou o plano de governo na primeira gestão do atual governador baiano, Ruy Costa (PT), e coordenou a campanha que o reelegeu em 2018.

Já ACM Neto foi deputado federal por três mandatos e prefeito de Salvador entre 2013 e 2020. Ele estava na presidência nacional do DEM quando o partido fundiu-se com o PSL, dando origem ao União Brasil.

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O candidato é neto de Antônio Carlos Magalhães, um dos homens de maior influência na política baiana até o seu falecimento, em 2007.

Durante a corrida eleitoral, ACM Neto não declarou apoio nem a Lula (PT) nem a Jair Bolsonaro (PL). A vice do candidato Ciro Gomes (PDT), Ana Paula Matos, no entanto, faz parte do grupo político de ACM Neto em Salvador. Ela foi vice de Bruno Reis, sucessor de Neto na prefeitura da capital baiana.

O que faz um governador?

A governadora ou o governador exerce o Poder Executivo no Estado e no Distrito Federal. Cabe a quem ocupa o cargo representar, dentro do país, a respectiva Unidade da Federação nas relações jurídicas, políticas e administrativas. Na chefia da administração estadual, é auxiliado pelas secretárias e secretários de Estado.

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Governadores podem propor leis e vetar ou sancionar leis aprovadas pelos deputados estaduais. Também respondem pela Segurança Pública dos Estados, da qual fazem parte as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros. Como no Brasil os Estados (e o DF) têm autonomia, as competências e responsabilidades do cargo são estipuladas pelas respectivas Constituições estaduais (e, no caso do DF, por sua Lei Orgânica).

O mandato de um governador é de quatro anos, com possibilidade de reeleição para mais um mandato de quatro anos. Caso reeleito, o governador tem como limite o período de oito anos no poder, ou seja, ele não terá o direito de se reeleger novamente de forma consecutiva para o mesmo cargo.

Votação para o Senado na Bahia

Otto Alencar (PSD) foi reeleito ao Senado pelo estado da Bahia. O mandato começa em 2023 e termina em 2030.

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O médico de 74 anos conquistou a reeleição com o apoio do PT. Otto Alencar iniciou na vida política em 1986. Foi deputado estadual por três vezes e em duas vezes foi vice-governador baiano. Governou o estado em 2002 quando o então titular, Cesar Borges, renunciou para concorrer ao Senado. Na casa, integrou a Comissão de Inquérito que investigou ações do governo no enfrentamento à pandemia de Covid.

Otto Alencar ocupará uma das 27 cadeiras do Senado Federal que estavam em disputa nas eleições de 2022. A Casa tem, ao todo, 81 assentos.

A legislação brasileira permite que senadores possam se candidatar a novos cargos sem ter que abrir mão do mandato e muitos dos atuais parlamentares disputam outras vagas. Se eleitos, deixam de ser senadores. Por isso, a depender do resultado das urnas, até metade do Senado pode vir a ser ocupado por novos rostos.

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O que faz um senador?

Senadoras e senadores são os representantes dos Estados e do Distrito Federal no Congresso Nacional. Assim como os integrantes da Câmara dos Deputados, têm a prerrogativa constitucional de fazer leis e de fiscalizar os atos do Poder Executivo.

Além disso, a Constituição Federal prevê como competência privativa do Senado: processar e julgar, nos crimes de responsabilidade, os que ocupam os cargos de presidente e vice-presidente, os ministros de Estado e os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o advogado-geral da União.

O mandato de senador ou senadora tem duração de oito anos — e não quatro, como outros cargos eletivos, como de presidente da República ou governador. Por isso, é comum que ocupantes do cargo participem de outras disputas em anos em que não necessitem renovar o mandato.

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A garantia do cargo funciona como um incentivo no meio político para que esses parlamentares busquem novas posições ou para que trabalhem na construção de suas imagens para disputas futuras, com o aproveitamento de recursos como do fundo eleitoral e sem riscos de perda de posição.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados