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A pouco menos de três semanas do segundo turno das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo Palácio do Planalto. É o que mostra nova rodada da pesquisa Ipec, divulgada pela TV Globo nesta segunda-feira (10).
Segundo o levantamento, realizado entre os dias 8 e 10 de outubro, Lula tem 51% das intenções de voto totais, contra 42% de Bolsonaro. Em relação ao levantamento anterior, divulgado na última quarta-feira (5), o petista manteve sua pontuação, enquanto o atual presidente oscilou negativamente 1 ponto percentual. O movimento se dá dentro da margem de erro estimada, de 2 p.p. para cima ou para baixo.
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Já o grupo de eleitores que indicam que votariam em branco ou anulariam o voto foi de 4% para 5% no período, enquanto 2% não responderam ao questionamento.
Considerando apenas os votos válidos (ou seja, desconsiderando votos em branco, nulos e eleitores indecisos), Lula lidera a disputa por 55% a 45% − mesma diferença da semana passada. Tal resultado, se confirmado pelas urnas no dia 30 de outubro, indicaria a volta de Lula ao Palácio do Planalto depois de um hiato de 12 anos.
O Ipec, instituto fundado por executivos do extinto Ibope Inteligência, entrevistou 2.000 pessoas, entre sábado e segunda-feira, em 130 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02853/2022.
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A pesquisa indica que Lula cresceria 6,57 p.p. do primeiro para o segundo turno, considerando o eleitorado que compareceu às urnas no último domingo (2). O montante equivale a pouco mais de 2/3 dos votos conquistados por Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), candidatos que declararam apoio ao petista neste segundo turno.
Já Bolsonaro cresceria cerca de 1,8 p.p., utilizando o mesmo comparativo. Vale destacar, contudo, que houve profunda divergência entre os números apresentados pela última pesquisa Ipec antes do primeiro turno, divulgada no sábado (1º), e o efetivo resultado da votação.
Enquanto o instituto capturou Lula com 51% das intenções de voto válidas e Bolsonaro com 37% (distância de 14 p.p.), as urnas mostraram um placar bem mais apertado: 48,43% a 43,20% (distância de 6,23 p.p.).
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Representantes do instituto alegam que as diferenças podem ter se dado em razão de uma espécie de “voto estratégico” de eleitores de outros candidatos que decidiram de última hora votar em Bolsonaro, diante dos indicativos de possibilidade de vitória de Lula em primeiro turno.
Outro argumento oferecido foi que, nas próprias pesquisas, mais de 10% dos entrevistados indicavam, na véspera da eleição, que poderiam mudar o voto − o que pode ter ocorrido em benefício de Bolsonaro na reta final da disputa.
Rejeição
Cientistas políticos costumam salientar que o segundo turno é uma disputa de rejeição, já que os eleitores não alinhados a nenhuma das candidaturas postas escolhem a opção que menos os desagrada. Tal sentimento foi capturado pela pesquisa Ipec desta segunda-feira.
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Segundo o levantamento, 48% dos entrevistados dizem que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum. Outros 42% indicam rejeição a Lula. Já os que dizem que vão votar com certeza no atual presidente somam 38%, contra 46% do petista.