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SÃO PAULO – Em reportagem chamada “Dilma Rousseff é alvo no Brasil de deputados que encaram seus próprios escândalos”, o jornal americano The New York Times destacou o que chamou de hipocrisia de líderes pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Alguns dos legisladores mais ativos na pressão pelo impeachment de Dilma enfrentam sérias acusações de corrupção, fraude eleitoral e abusos dos direitos humanos”, afirma o correspondente do jornal no Brasil, Simon Romero.
O NYT considera inegáveis o escândalo de corrupção ao qual o PT se envolveu, “a pior crise econômica em décadas” e as “regulares manifestações” nas ruas contra a presidente. Contudo, no pedido de impeachment a ser votado não constam denúncias de corrupção, mas sim manobras contábeis para encobrir buracos no orçamento. De acordo com ele, Dilma é “uma raridade entre a maioria dos políticos do Brasil”, já que não pesam contra ela acusações de corrupção ou de roubo do dinheiro público.
O jornal destaca a debandada de partidos da coalizão do governo, deixando-a mais vulnerável. Além disso, a presidente tornou-se extremamente impopular por conta da crise econômica.
“Mesmo assim, alguns brasileiros alegam que o movimento pelo impeachment tem menos a ver com a corrupção do que com um esforço de legisladores com histórico questionável para trocar as lideranças no poder”.
Entre as figuras citadas pelo NYT, estão os deputados Eduardo Cunha, Beto Mansur e Paulo Maluf. O jornal também lembra de acusações de corrupção que envolvem outros personagens centrais no processo, como o vice-presidente Michel Temer e Renan Calheiros.
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