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A pesquisa Ibope divulgada na quarta-feira traz como principal informação o fato da trajetória de crescimento de Jair Bolsonaro (PSL) ter perdido intensidade – ele oscilou positivamente de 31% para 32%, ante um crescimento de 4 pontos percentuais entre as duas pesquisas anteriores, quando foi de 27% para 31%. Com a inclinação menor de sua curva de crescimento, ficam maiores as dificuldades para que ele consiga a vitória já no primeiro turno – principal ponto de atenção na reta final da campanha.
Importante notar também que, apesar do salto de 11 pontos na rejeição de Fernando Haddad na pesquisa anterior, o candidato petista oscilou positivamente no cenário de primeiro turno, de 21% para 23%.
O principal cenário de segundo turno, em que Haddad e Bolsonaro se mantêm empatados (mas agora com o petista numericamente à frente), também é relevante. Além de projetar uma disputa acirrada a partir de 8 de outubro, a perspectiva de que o candidato do PSL não terá vida fácil contra o petista no segundo turno deve intensificar o apelo para que eleitores de candidatos rivais mudem seu voto até domingo.
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Ainda assim, para ser vitorioso no primeiro turno, seria necessária agora a conversão de 78% dos votos de Alckmin, Amoedo, Alvaro e Meirelles ou de 59% dos quatro mais Marina Silva – ou seja, há um caminho difícil de ser atravessado.
A estagnação dos candidatos do segundo pelotão e a maior distância deles para os dois líderes também sufocam as possibilidades de êxito de estratégias de voto útil para Ciro Gomes ou Geraldo Alckmin.
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