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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu, nesta quarta-feira (27), a conclusão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE), que está emperrado.
O chefe da equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou do Fórum Econômico Brasil-França, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O evento também contou com a presença do presidente da França, Emmanuel Macron.
“Essa é uma oportunidade que tem de ser explorada ao máximo. Com equilíbrio, buscando fazer um acordo benéfico para os dois lados. Afinal, nós temos os mesmos valores e princípios que norteiam a nossa política e a nossa economia”, afirmou Haddad ao discursar no evento.
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“Devemos explorar ao máximo as possibilidades de um intercâmbio maior entre UE e Mercosul. Ainda temos tempo. Não devemos desistir desse acordo. Se foi possível aprovar a reforma tributária depois de 40 anos, por que não aprovar, depois de 20 anos, um bom acordo entre UE e Mercosul?”, indagou o ministro.
A expectativa do setor industrial e do governo brasileiro é a de que Macron esteja aberto para avançar nas discussões sobre a conclusão do acordo comercial entre Mercosul e UE. No fim de janeiro, o líder francês afirmou que as tratativas em torno do acordo estavam “encerradas”, porque a proposta era “antiquada” e “mal remendada”.
Costurado desde o fim dos anos 1990, o acordo comercial entre os dois blocos teve sua primeira etapa concluída em 2019, ainda sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – desafeto de Macron. Desde então, os termos passaram à fase de revisão por parte dos países envolvidos, mas pouco se avançou até aqui.
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Macron se opõe ao acordo com o Mercosul, principalmente, por questões políticas domésticas. O tratado é visto com ceticismo na França, pois há preocupação com riscos de enfraquecimento do setor agrícola no país.
O acordo entre Mercosul e União Europeia formaria uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, com um mercado consumidor de quase 720 milhões de pessoas e cerca de 20% da economia global. Em 2022, a UE foi o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com uma corrente bilateral de mais de US$ 95 bilhões.