Haddad elogia “maturidade” de sabatina com Galípolo e prevê mulheres indicadas ao BC

O BC precisa indicar nomes para as diretorias de Política Monetária, ocupada hoje por Galípolo, e de Regulação e Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, cujos mandatos dos diretores se encerram em dezembro

Equipe InfoMoney

Gabriel Galípolo e Fernando Haddad (Foto: Reprodução/YouTube)
Gabriel Galípolo e Fernando Haddad (Foto: Reprodução/YouTube)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou, nesta quarta-feira (9), que o governo tem preocupação com a questão de gênero no Banco Central (BC) para as próximas indicações de diretorias — que serão encaminhadas por Gabriel Galípolo, após ter passado por uma sabatina “bem-sucedida” e ter o nome aprovado para a presidência da autoridade monetária com votação expressiva no Senado.

O BC precisa indicar nomes para as diretorias de Política Monetária, ocupada hoje por Galípolo, e de Regulação e Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, cujos mandatos dos diretores se encerram em dezembro.

A expectativa do governo é de que os nomes sejam votados em novembro, mas esse prazo será acertado com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bater o martelo em relação às indicações.

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“A sabatina foi muito bem-sucedida. Foi muito saudável a maturidade com que a sabatina foi feita e a votação foi muito expressiva. Penso que é um sinal de que institucionalmente as coisas vão bem”, afirmou o ministro da Fazenda.

Leia tudo sobre a sabatina de Gabriel Galípolo no Senado:

Elogios a Galípolo

“Temos, sim, essa preocupação com a questão de gênero no BC, e o Galípolo ficou, de ato contínuo à sabatina, levar ao presidente Lula alguns nomes, uma vez que é ele que indica ao Senado para que esses nomes sejam sabatinados”, explicou Haddad.

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Em relação às expectativas da gestão de Galípolo na autoridade monetária, Haddad reiterou que ele é uma pessoa técnica. “Nós temos procurado escolher pessoas que tenham um grau de maturidade técnica para ajudar a melhor estratégia de combater a inflação, trazê-la para a meta”, disse o ministro, lembrando que o país vive no regime de meta contínua. Ele também reiterou que a Fazenda e o BC sempre mantiveram uma relação técnica e que nunca faltou respeito de parte a parte.

O ministro também foi questionado sobre a continuidade das críticas do governo aos juros altos. “O juro já está no campo restritivo. Mas isso é uma discussão técnica que os novos diretores farão. Agora vamos ter a partir de janeiro novos três nomes, vamos ver como as coisas vão se dar. Até aqui, a economia está rodando bem, está forte, os preços estão controlados”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)