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BRASÍLIA (Reuters) – O aumento da taxa Selic em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira é parte do “guidance” (projeção) do colegiado do Banco Central do final do ano passado, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O BC decidiu seguir o ritmo já previsto de aperto nos juros, em decisão unânime de sua diretoria, e indicou um ajuste de menor magnitude na próxima reunião se confirmado o cenário esperado.
Em comunicado, o Comitê enfatizou que para além da reunião de maio, a magnitude total do ciclo de aperto “será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta” e dependerá da evolução dos preços à frente, incluindo componentes mais sensíveis à atividade econômica, projeções e expectativas de inflação, nível de ociosidade da economia e riscos para os preços à frente.
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Com a decisão desta quarta, os juros básicos vão ao maior nível em mais de oito anos. A Selic esteve em 14,25% pela última vez em 2016, quando permaneceu nesse patamar até outubro em meio a uma crise econômica e ao processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
De acordo com o documento, a previsão de um aumento menor na Selic em maio ocorre “diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso”.