Haddad: BC não fixa meta de câmbio, mas “evita disfuncionalidades”

"O problema do BC é a meta de inflação, não tem outra coisa com que ele precisa se preocupar. Ele tem a meta contínua e deve estabelecer um calendário para atingir essa meta", disse o ministro

Equipe InfoMoney

Fernando Haddad, ministro da Fazenda (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
Fernando Haddad, ministro da Fazenda (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse nesta sexta-feira (20) que o Banco Central (BC) não fixa uma meta de câmbio, mas trabalha para corrigir disfuncionalidades, e que a preocupação que a autoridade monetária deve ter é com a meta de inflação. 

Para isso, o BC manterá a taxa de juros restritiva para perseguir esse alvo, afirmou o ministro durante café da manhã com jornalistas, em Brasília (DF)

Haddad disse ainda que não cometeria o equívoco de dizer qual seria a meta de câmbio que o BC deveria mirar. 

“O problema do Banco Central é a meta de inflação, não tem outra coisa com que ele precisa se preocupar. Ele tem hoje a meta contínua e deve estabelecer um calendário para atingir essa meta em um espaço de tempo que seja adequado para a política monetária funcionar. Ele vai manter a taxa de juros restritiva até essa acomodação”, afirmou Haddad.

O chefe da equipe econômica fez referências a declarações dadas pelos diretores da autarquia ontem, durante apresentação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), em que os integrantes do BC reconheceram “disfuncionalidades” no câmbio, inclusive com um deles defendendo o uso de reservas para corrigir esse cenário.

“Eu penso que o Banco Central, pelo que foi dito ontem pelos diretores, não fixa uma meta para o câmbio. Ele quer evitar as disfuncionalidades que eles reconheceram haver nos pronunciamentos de vários diretores. Mais de um diretor se manifestou sobre isso, e um deles defendendo nessas ocasiões o uso de reservas para que essa acomodação pudesse acontecer”, concluiu Haddad.

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(Com Estadão Conteúdo)