Governo quer novo PAC mais “verde”; programa deve ser lançado até abril

Carteira também deve priorizar o setor de saneamento, a fim de alcançar as metas de universalização

Estadão Conteúdo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), em café da manhã com o conselho político da coalizão (Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), em café da manhã com o conselho político da coalizão (Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil)

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O governo deve dar destaque a projetos mais “verdes” na análise dos empreendimentos que vão compor seu plano de investimentos, informalmente chamado de novo PAC, que deve ser lançado até abril. A carteira também deve priorizar o setor de saneamento, a fim de alcançar as metas de universalização – já que hoje quase metade da população ainda não tem acesso à rede de esgoto.

Responsável pela agenda na Casa Civil, o secretário especial de Articulação e Monitoramento, Maurício Muniz, disse que tem feito uma espécie de filtragem das demandas dos Estados, para analisar o que é viável e pode entrar na agenda federal. A lista tem 417 empreendimentos. Durante a campanha, o governo prometeu uma guinada do País na agenda de sustentabilidade.

“O setor de energia comparado ao PAC 1, 2 e 3 mudou completamente. Pouco provável que a gente tenha grandes hidrelétricas”, disse ele, acrescentando que o destaque deve ficar para projetos de energia eólica e solar. O governo Dilma foi criticado por ambientalistas por ter encampado empreendimentos de grandes hidrelétricas, como a de Belo Monte.

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Dos 417 empreendimentos listados pelos governadores, 136 são obras em rodovias, como pavimentação e duplicação. O governo, porém, diz que dará destaque no plano a modais mais “verdes”, como o ferroviário e o hidroviário.

No setor de ferrovias, por exemplo, o projeto da Ferrogrão apareceu na lista de demandas dos Estados. O traçado, que liga Sinop (MT) a Miritituba (PA), é estruturado para ser o principal centro de escoamento de grãos de Mato Grosso, papel que hoje é exercido pela BR-163. A obra está paralisada hoje por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

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