Governo deve fechar fevereiro com déficit primário de R$ 31,7 bi, estima Câmara

O relatório também aponta variações nas receitas e despesas do governo, com destaque para o crescimento nos benefícios previdenciários

Marina Verenicz

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A Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados (Conof) divulgou, neste domingo (16), uma estimativa preliminar apontando um déficit primário de R$ 31,7 bilhões para o governo federal em fevereiro. Esse déficit resulta da diferença entre as receitas líquidas, que, pelos cálculos da Conof, devem somar R$ 142,3 bilhões, e as despesas totais, que seriam de R$ 174 bilhões.

Segundo a análise, a receita total deve crescer 1,3% em termos reais em comparação com fevereiro de 2024, enquanto as despesas totais deverão ficar 13% menores do que no mesmo mês do ano passado. Essa queda foi explicada pela atipicidade no pagamento de precatórios.

Sem esse pagamento extraordinário, a consultoria estima que o gasto teria aumentado 1,8% em termos reais.

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“O crescimento das despesas seria potencialmente maior se o orçamento de 2025 já estivesse aprovado, permitindo o pagamento dos reajustes salariais e a retomada do cronograma regular de execução de despesas discricionárias”, afirma um trecho do relatório.

Análise das receitas

As receitas administradas, que incluem impostos e contribuições sociais, devem aumentar de R$ 126,4 bilhões em fevereiro de 2024 para R$ 127,9 bilhões no mês passado, segundo o estudo. A arrecadação líquida da Previdência também deverá subir, passando de R$ 50,3 bilhões para R$ 53,6 bilhões, um aumento de 6,5% em termos reais.

Por outro lado, as receitas não administradas devem sofrer uma queda de 10,3% em termos reais, de R$ 22,2 bilhões em fevereiro de 2024 para R$ 20,0 bilhões no mês seguinte, pelas contas da Conof.

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O relatório também destaca uma frustração na arrecadação em relação às previsões do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), além do aumento nos benefícios previdenciários, indicando a necessidade de revisão dos números inicialmente previstos.

Aumento nas despesas

Entre as despesas que devem apresentar aumento, destacam-se:

Segundo a consultoria, as despesas do Poder Executivo sujeitas à programação financeira, que incluem despesas discricionárias e obrigatórias com controle de fluxo, devem permanecer constantes.

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Aumento na arrecadação de impostos

Entre os impostos que devem apresentar crescimento na arrecadação, destacam-se: