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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar formas de diminuir os preços das passagens aéreas no Brasil, a partir da redução no preço do querosene de aviação (QAV).
A decisão foi tomada após reunião com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos). O grupo terá a colaboração do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e apoiará estudos que já são realizados pelos dois ministérios.
“Queremos democratizar a tarifa das passagens aéreas no país, fazendo com que a classe média e as pessoas menos favorecidas voltem a usar os aeroportos, assim como aconteceu nos primeiros mandatos do presidente Lula”, disse Silveira. “E sabemos que o preço do QAV é determinante na composição das tarifas das empresas”.
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Socorro a aéreas
No sábado (3), Costa Filho afirmou que esperava fechar um pacote de socorro às companhias aéreas no pós-carnaval. O tema segue em debate com o Ministério da Fazenda em meio ao pedido de recuperação judicial da Gol (GOLL4) nos Estados Unidos e a alta no preço das passagens.
Segundo o ministro, o pacote de crédito para socorrer as companhias do setor deve ser financiado, em maior parte, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, o presidente do banco afirmou que a instituição não abre mão de garantias. “O BNDES não tem como fazer financiamento sem garantias”, disse Aloizio Mercadante (PT). “Nós só emprestamos com garantia.”
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O banco de fomento estuda há meses a oferta de uma linha de capital de giro para as aéreas, mas esbarra no problema das garantias. As empresas chegaram a mencionar slots (espaços em aeroportos) e aeronaves em leasing como opções, mas a oferta não prosperou.
Na segunda (5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), confirmou que a equipe econômica estuda a situação envolvendo as aéreas, mas descartou qualquer possibilidade de um socorro envolvendo despesas primárias. “Não existe socorro com dinheiro do Tesouro. Isso não está nos nossos planos. O que eventualmente está na mesa é viabilizar uma reestruturação do setor, mas que não envolva despesa primária”.