Gleisi critica vídeo da Marinha que tem fuzileiro “sósia” de Haddad: “Grave erro”

Além de ser interpretado como um recado à equipe econômica, o tom do vídeo foi considerado um "desastre" e um "tiro no pé". Vídeo mostra um fuzileiro naval parecido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)

Equipe InfoMoney

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

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A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, classificou a peça publicitária em que a Marinha questiona se há privilégios na Força como um “grave erro”. 

A publicidade divulgada nas redes sociais da Marinha no último domingo (1º) intercala cenas de atividades militares com sequências de pessoas em momentos de lazer. “Privilégios? Vem para a Marinha!” diz uma militar ao fim do vídeo.

A peça exibe um texto pelo Dia do Marinheiro, celebrado em 13 de dezembro. A divulgação do material coincide com as discussões no governo federal sobre o ajuste dos gastos e das contas públicas. 

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“Ninguém duvida que o serviço militar exige esforço e sacrifícios pessoais, especialmente da tropa que se arrisca nos treinamentos e faz o serviço pesado. Isso não faz dos militares cidadãos mais merecedores de respeito do que a população civil, que trabalha duro”, afirmou a petista.

O vídeo publicado pela Marinha também mostra um fuzileiro naval parecido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). “Vocês terão que se acostumar com uma vida de sacrifícios”, diz a voz de um capitão.

A peça publicitária da Marinha foi alvo de críticas no Palácio do Planalto. Além de ser interpretado como um recado à equipe econômica, o tom do vídeo foi considerado um “desastre” e um “tiro no pé”. Para evitar a escalada do mal-estar no governo, houve uma orientação para evitar comentários públicos sobre o caso.

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Nesta terça-feira (3), após um recuo da gestão federal, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) encaminhada ao Congresso Nacional para combater os chamados “supersalários” deixou de fora quaisquer alterações no regime de previdência dos militares.

(Com Estadão Conteúdo)