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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, afirmou, nesta segunda-feira (1º), que a partir do meio do ano o sistema do programa Desenrola deve estar mais avançado para angariar dados e fazer com que as renegociações de dívidas entre credor e devedor sejam concretizadas na plataforma.
Ele afirmou que, como serão disponibilizados recursos públicos para “colar o sujeito na curva de oferta”, a equipe tem trabalhado em destacar um fundo para que fique visível o esforço fiscal traçado. “Queremos assegurar que o acesso a esse recurso vai se dar da melhor maneira possível”, disse, durante entrevista à GloboNews. “É importante ter zelo e cuidado com dinheiro público”.
O secretário explicou que os credores que oferecerem maiores descontos na dívida terão hierarquia no processo. Ele disse que o sistema é complexo e garantirá transparência, por isso há uma demora para ser colocado em funcionamento.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já declarou que R$ 11 bilhões do fundo para garantir a renegociação das dívidas por meio do programa Desenrola já estão separados. Serão, no total, R$ 15 bilhões. Pessoas com renda de até dois salários mínimos (R$ 2,6 mil) contarão com subsídios de crédito por meio de garantia, segundo ele.
Haddad também já disse que a medida provisória do programa já está redigida e será publicada assim que o sistema operacional do programa estiver pronto.
Juros
Galípolo também minimizou durante a entrevista as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao elevado patamar da taxa de juros e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O secretário disse que o chefe do Executivo tem “toda autoridade” para falar sobre o tema.
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Ele também reforçou a independência da autoridade monetária e relembrou que o mandato de Campos Neto vai até 2024.