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O prefeito de Belo Horizonte (MG), Fuad Noman (PSD), reeleito para o segundo mandato no pleito de outubro deste ano, está internado desde o último sábado (23) por causa de fortes dores nas pernas.
De acordo com a assessoria do prefeito, as dores são consequência de um tratamento bem sucedido contra um câncer. A doença foi revelada por Fuad ainda antes do início da campanha eleitoral.
Inicialmente, a previsão dos médicos era a de que o prefeito de Belo Horizonte tivesse alta no domingo (24), o que não ocorreu. Fuad foi submetido a exames complementares nesta segunda-feira (25) e continua hospitalizado, aguardando a alta médica.
“O prefeito Fuad Noman, por decisão de sua equipe médica, vai permanecer no Hospital Mater Dei para realizar exames complementares. Seu estado geral, de acordo com o chefe da equipe médica, dr. Enaldo Melo de Lima, é estável”, informa o boletim médico.
Em julho, Fuad Noman revelou que estava enfrentando um tratamento contra um câncer no sangue, um linfoma abdominal. Durante o processo eleitoral, o prefeito intercalou compromissos de campanha com sessões de quimioterapia. O linfoma abdominal pode causar inchaço, dores, náuseas e vômitos.
Reeleito em BH
Com 100% das urnas apuradas, Fuad Noman obteve 670.574 votos no segundo turno das eleições na capital de Minas, o equivalente a 53,73% dos votos válidos (ou seja, desconsiderando votos em branco e nulos). Seu adversário, o deputado estadual Bruno Engler (PL), ficou com 577.537 votos (46,27%), segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Herdeiro do cargo ocupado por Alexandre Kalil (hoje no Republicanos), que deixou a prefeitura para disputar o governo do estado em 2022, Noman iniciou a corrida pela reeleição como um nome não muito conhecido pelos eleitores da capital mineira.
Ao longo do campanha, trabalhou sua imagem, cresceu nas pesquisas e desbancou nomes que largaram na frente da disputa, como o apresentador de televisão e deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos).
No segundo turno, Fuad contou com apoio de políticos de esquerda, em movimento que já havia começado na reta final do primeiro turno. Já Engler, que terminou a votação de 6 de outubro na liderança, recebeu os endossos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador Romeu Zema (Novo).
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O prefeito reeleito tem 77 anos, é escritor, economista e foi servidor público de carreira do Banco Central. Também integrou o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), como secretário-executivo da Casa Civil, e de Minas Gerais, como secretário de Fazenda e de Transporte.