Flávio Dino, do STF, prorroga prazo para CGU apresentar relatório sobre emendas

No dia 1° de agosto, Dino determinou que as emendas devem seguir critérios de rastreabilidade e mandou a CGU auditar os repasses realizados por parlamentares

Equipe InfoMoney

Ministro Flávio Dino, do STF
13/12/2023
REUTERS/Adriano Machado
Ministro Flávio Dino, do STF 13/12/2023 REUTERS/Adriano Machado

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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por 72 horas o prazo para que a Controladoria-Geral da União (CGU) apresente o resultado de uma análise técnica sobre as emendas parlamentares RP8 e RP9, que ficaram conhecidas como “orçamento secreto”. A prorrogação do prazo foi pedida pelo Poder Executivo.

A CGU analisa dados sobre os dez municípios que receberam o maior volume de emendas parlamentares por habitante no período entre 2020 e 2023 e deve responder às seguintes questões:

Qual foi a tramitação dessas emendas nos executivos federal e municipal?
Em que estágio se encontram as obras ou ações para as quais os recursos das emendas foram destinados?

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Quais os procedimentos ou regras de rastreabilidade, comparabilidade e publicidade foram usados em cada um dos municípios beneficiados?

Após a CGU entregar o relatório, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e o PSOL, autor da ação, terão um prazo de 10 dias para se manifestar.

No dia 1° de agosto, Dino determinou que as emendas devem seguir critérios de rastreabilidade e mandou a CGU auditar os repasses realizados por parlamentares. A decisão foi tomada após o ministro concluir que o Congresso não estava cumprindo a decisão da Corte que determinou transparência na liberação desses tipos de emendas.

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No dia 14 de agosto, o magistrado suspendeu a execução das emendas impositivas ao Orçamento. O ministro entendeu que a execução das emendas pode continuar nos casos de obras em andamento e calamidade pública. A liberação dos recursos está condicionada ao atendimento de requisitos de transparência e rastreabilidade dos recursos.

(Com Agência Brasil)