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O Ministério da Fazenda comemorou a decisão da agência de classificação de risco Moody’s de alterar a perspectiva do rating do Brasil de “estável” para “positiva”, divulgada nesta quarta-feira (1º).
Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria do Tesouro Nacional destacou que a Moody’s “reconhece o papel do arcabouço fiscal para a consolidação fiscal, levando à redução gradual dos déficits fiscais, e enfatiza a importância da manutenção da credibilidade deste para a redução das incertezas a respeito da trajetória fiscal”.
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O órgão também chamou atenção para “a melhora na perspectiva do crescimento do país, após sucessivas reformas estruturais e salvaguardas institucionais que reduzem a incerteza sobre a direção futura das políticas públicas”.
E citou medidas como a reforma tributária e a agenda de transição energética, ambas defendidas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O Ministério da Fazenda reafirma o compromisso do país com uma trajetória sustentável para as contas públicas, combinando esforços para melhorar a arrecadação e para conter a dinâmica das despesas”, diz o texto.
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“O melhor balanço fiscal do governo levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito. Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, conclui a pasta.
O ministro Fernando Haddad (PT) também comentou a notícia. Em publicação pela rede social X (o antigo Twitter), ele disse que as agências de classificação de risco reconhecem “a mudança para melhor das nossas perspectivas econômicas” e dividiu os louros com o Legislativo, que aprovou pautas de interesse do governo no campo econômico, e com o Judiciário, que deu vitórias ao Executivo em matérias relacionadas às contas públicas.
“A Moody’s acompanhou as outras agências de risco ao reconhecer a mudança para melhor das nossas perspectivas econômicas. Isso tem a ver com o trabalho conjunto dos três poderes, que colocaram os interesses do país acima de divergências superáveis. Mesmo com a deterioração momentânea da economia global, o Brasil caminha e recupera credibilidade econômica, social e ambiental. Temos muito a fazer!”, escreveu.
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Esta foi a primeira movimentação feita pela Moody’s em relação à classificação de risco do Brasil desde 2018, quando ela saiu de “negativa” para “estável”, e se soma a anúncios recentes de outras duas agências. No ano passado, tanto a Standard & Poor’s quanto a Fitch elevaram o rating do País.
No caso da Moody’s, a mudança foi de perspectiva, e a nota de crédito seguiu em Ba2, ainda na categoria “especulativa”, a duas posições do desejado “grau de investimento” − uma espécie de selo de “bom pagador”, que começa em Baa3.
Veja na íntegra a nota divulgada pelo Ministério da Fazenda:
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“Agência de rating Moody’s muda para positiva a perspectiva da nota de crédito soberano do Brasil
A agência de classificação de riscos Moody´s mudou para POSITIVA a perspectiva do rating do Brasil, que atualmente está em Ba2. Essa decisão é a primeira movimentação da Moody’s desde 2018, quando houve a mudança de perspectiva de negativa para estável, e reforça a melhoria na trajetória da nota de crédito verificada desde 2023, com a elevação do rating tanto pela S&P quanto pela Fitch. Ocorrendo a efetivação da mudança da nota de crédito, o Brasil estará a um degrau de voltar a possuir grau de investimento, um marco significativo para os indicadores de estabilidade econômica do país.
Em seu comunicado, a agência Moody’s destaca a melhora na perspectiva do crescimento do país, após sucessivas reformas estruturais e salvaguardas institucionais que reduzem a incerteza sobre a direção futura das políticas públicas. Entre as reformas citadas, enfatiza a importância da reforma tributária em curso. Além disso, também destaca a agenda de transição energética do governo que, com o objetivo de atrair investimentos privados para projetos de energia limpa, pode também contribuir para alavancar o crescimento.
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Pelo lado fiscal, a agência reconhece o papel do arcabouço fiscal para a consolidação fiscal, levando à redução gradual dos déficits fiscais, e enfatiza a importância da manutenção da credibilidade deste para a redução das incertezas a respeito da trajetória fiscal. Dessa forma, a agência espera que o crescimento robusto, em conjunto com progresso contínuo na consolidação fiscal, possibilite a estabilização da dívida do país.
O Ministério da Fazenda reafirma o compromisso do país com uma trajetória sustentável para as contas públicas, combinando esforços para melhorar a arrecadação e para conter a dinâmica das despesas. O melhor balanço fiscal do governo levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito. Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.”