Fátima Bezerra (PT) é reeleita ao governo do Rio Grande do Norte em primeiro turno

Com 94,93% das urnas apuradas no estado até as 20h41, Fátima registrava 1.012.071 votos (58,20% do total)

Bruna Furlani

Fatima Bezerra (PT)
Fatima Bezerra (PT)

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Fátima Bezerra (PT) venceu em primeiro turno a disputa pelo governo do Rio Grande do Norte.

Com 94,93% das urnas apuradas no estado, matematicamente não há mais chance de segundo turno e portanto, a candidata foi reeleita para o cargo.

Às 20h41, Fátima registrava 1.012.071 votos (58,20% do total). Para vencer a disputa em primeiro turno, um candidato a governador deve ter 50% dos votos válidos no Estado mais um — brancos e nulos não contam.

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A atual governadora foi reeleita para um mandato ao lado de Walter Alves (MDB), candidato a vice em sua chapa, que teve como padrinho o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

Até o momento, Fabio Dantas (Solidariedade) aparece em segundo lugar, com 387.164 votos (22,26% do total). Os números estão sendo divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fátima Bezerra é pedagoga formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e foi educadora da rede pública estadual e municipal de Natal durante anos. A petista é natural de Nova Palmeira, no interior do estado. Ao longo da carreira política, atuou como deputada estadual por dois mandatos e depois foi eleita três vezes deputada federal.

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A atual governadora também exerceu o cargo de senadora e teve uma atuação forte em defesa da ex-presidente Dilma Rousseff, durante o processo de impeachment em 2016.

Nas eleições passadas, a petista bateu recorde de votos recebidos por um candidato ao governo do Rio Grande do Norte, ao garantir 1,02 milhão de votos.

O que faz um governador?

A governadora ou o governador exerce o Poder Executivo no Estado e no Distrito Federal. Cabe a quem ocupa o cargo representar, dentro do país, a respectiva Unidade da Federação nas relações jurídicas, políticas e administrativas. Na chefia da administração estadual, é auxiliado pelas secretárias e secretários de Estado.

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Governadores podem propor leis e vetar ou sancionar leis aprovadas pelos deputados estaduais. Também respondem pela Segurança Pública dos Estados, da qual fazem parte as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros. Como no Brasil os Estados (e o DF) têm autonomia, as competências e responsabilidades do cargo são estipuladas pelas respectivas Constituições estaduais (e, no caso do DF, por sua Lei Orgânica).

O mandato de um governador é de quatro anos, com possibilidade de reeleição para mais um mandato de quatro anos. Caso reeleito, o governador tem como limite o período de oito anos no poder, ou seja, ele não terá o direito de se reeleger novamente de forma consecutiva para o mesmo cargo.

Votação para o Senado no Rio Grande do Norte

Rogério Marinho (PL) foi eleito ao Senado pelo estado do Rio Grande do Norte. O mandato começa em 2023 e termina em 2030.

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Marinho concorreu ao Senado pela primeira vez neste ano após ter sido deputado federal por três mandatos.

Rogério Marinho nasceu em Natal e ganhou notoriedade ao atuar como ministro do Desenvolvimento Regional durante a gestão do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), cargo que deixou em março para concorrer ao Senado.

Marinho é bacharel em economia e possui especialização em planejamento público. O agora senador eleito também atuou como presidente da Câmara Municipal de Natal quando foi vereador da capital potiguar.

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O político passa a ocupar no ano que vem uma das 27 cadeiras do Senado Federal que estavam em disputa nas eleições de 2022. A Casa tem, ao todo, 81 assentos.

A legislação brasileira permite que senadores possam se candidatar a novos cargos sem ter que abrir mão do mandato e muitos dos atuais parlamentares disputam outras vagas. Se eleitos, deixam de ser senadores. Por isso, a depender do resultado das urnas, até metade do Senado pode vir a ser ocupado por novos rostos.

O que faz um senador?

Senadoras e senadores são os representantes dos Estados e do Distrito Federal no Congresso Nacional. Assim como os integrantes da Câmara dos Deputados, têm a prerrogativa constitucional de fazer leis e de fiscalizar os atos do Poder Executivo.

Além disso, a Constituição Federal prevê como competência privativa do Senado: processar e julgar, nos crimes de responsabilidade, os que ocupam os cargos de presidente e vice-presidente, os ministros de Estado e os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o advogado-geral da União.

O mandato de senador ou senadora tem duração de oito anos — e não quatro, como outros cargos eletivos, como de presidente da República ou governador. Por isso, é comum que ocupantes do cargo participem de outras disputas em anos em que não necessitem renovar o mandato.

A garantia do cargo funciona como um incentivo no meio político para que esses parlamentares busquem novas posições ou para que trabalhem na construção de suas imagens para disputas futuras, com o aproveitamento de recursos como do fundo eleitoral e sem riscos de perda de posição.

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