Ex-ministro de Lula pede à PGR que Bolsonaro use tornozeleira devido a risco de fuga

Deputado argumenta que declarações de Bolsonaro indicam possibilidade de evasão enquanto STF analisa denúncia

Marina Verenicz

Paulo Pimenta (PT-RS) assumiu o comando da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, com status de ministro de Estado, indicado pelo presidente Lula (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
Paulo Pimenta (PT-RS) assumiu o comando da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, com status de ministro de Estado, indicado pelo presidente Lula (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

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O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) protocolará uma solicitação ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, pedindo a imposição de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Pimenta considera que há risco de fuga, sugerindo que Bolsonaro possa deixar o País enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa a denúncia contra ele.

O parlamentar afirma que declarações feitas por Bolsonaro e seus aliados indicam que essa possibilidade não está descartada. Atualmente, o ex-presidente tem seu passaporte retido por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Em janeiro, Bolsonaro pediu a liberação do documento para acompanhar a posse de Donald Trump nos Estados Unidos, mas teve a solicitação negada.

Na terça-feira (18), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado em 2022. A acusação inédita aponta a formação de uma organização criminosa para impedir a posse do petista, utilizando militares, assessores e integrantes do governo para arquitetar uma suposta ruptura institucional.

Segundo a defesa do ex-presidente, ele não planeja fugir do País ou buscar asilo em alguma embaixada se for condenado à prisão ao final da ação penal em que é acusado de líder golpista que montou uma organização criminosa armada para tomar o poder à força em 2022.

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Segundo seus advogados, ele “jamais irá se furtar de quaisquer desdobramentos do processo que contra ele é manejado na Suprema Corte, mantendo a convicção de que sua inocência será reconhecida”.