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Um ex-assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi um dos alvos de operação deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (1). Atualmente lotado na liderança do PP, Luciano Ferreira Cavalcante, é suspeito de participar de um esquema de desvio de recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Atualmente, a liderança do Progressistas é exercida pelo deputado André Fufuca (PP-MA). Cavalcante foi indicado para o cargo à época em que a liderança do partido era exercida por Lira. Antes disso, ele foi servidor comissionado no gabinete do então senador Benedito de Lira, pai de Arthur Lira. A reportagem buscou contato com os citados, mas não obteve retorno. O espaço está aberto para respostas.
A operação Hefesto apura suspeitas de fraudes em licitação e desvio de dinheiro destinado à compra de equipamentos de robótica para municípios alagoanos. Os supostos crimes teriam ocorrido entre 2019 e 2022, quando o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a suspensão dos contratos e repasses do FNDE para a compra dos kits.
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A investigação apontou que o processo de licitação incluía uma manobra para direcionar as compras a somente uma empresa. Segundo a Polícia Federal, foram desviados R$ 8,1 milhões no esquema, e a Justiça determinou o sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados no mesmo valor.
Os agentes da PF cumpriram mandados em Maceió (AL), Brasília (DF), Gravatá (PE), São Carlos (SP) e Goiânia (GO). Duas pessoas, que não tiveram a identidade divulgada, foram presas. Imagens de divulgação da operação mostram um cofre abarrotado de dinheiro, encontrado em um dos endereços.
Em entrevista à GloboNews, Lira comentou a operação, mas disse que não se sente atingido ou preocupado com o fato de um ex-assessor ter sido um dos alvos de operação da Polícia Federal. “Eu não vou comer essa corda, vou me ater a receber informações mais precisas e cada um é responsável pelo seu CPF nesta terra e neste país”, disse.