Enel é a “mãe” e Nunes é o “pai do apagão” em São Paulo, diz Boulos em sabatina

O deputado Guilherme Boulos (PSOL) descartou o fim da “crise de apagões” em São Paulo e observou que isso só terminará quando a Enel for afastada e Ricardo Nunes (MDB) deixar o cargo

Fábio Matos

Guilherme Boulos (PSOL) foi sabatinado em evento que deveria ter sido um debate com Ricardo Nunes (MDB) (Foto: Reprodução/YouTube)
Guilherme Boulos (PSOL) foi sabatinado em evento que deveria ter sido um debate com Ricardo Nunes (MDB) (Foto: Reprodução/YouTube)

Publicidade

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo (SP), aproveitou a sabatina desta quinta-feira (17) promovida por Folha de S.Paulo, UOL e RedeTV! para criticar novamente a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) pela forma como vem lidando com o “apagão” de energia na capital paulista.

Para Boulos, Nunes – que não compareceu ao evento, que seria um debate e virou uma entrevista com o candidato do PSOL – é um dos grandes responsáveis pelo “apagão”.

“Esse apagão tem uma mãe e um pai: a mãe é a Enel, uma empresa horrorosa que presta um péssimo serviço e é uma excelente resposta para aqueles que acreditam que privatização é a solução para todos os problemas”, afirmou Boulos.

Continua depois da publicidade

Assista a trecho da fala de Guilherme Boulos (PSOL) na sabatina:

“E o pai é o Ricardo Nunes, um prefeito que ficou três anos e meio no cargo e não fez o básico, que é podar e fazer manejo de árvore”, completou o candidato do PSOL.

Boulos descartou o fim da “crise de apagões” em São Paulo e observou que isso só terminará quando a Enel for afastada e Nunes deixar o cargo.

Continua depois da publicidade

Árvores

O deputado mencionou um documento no qual a prefeitura de São Paulo teria assumido a responsabilidade pela retirada das árvores “podres” da cidade.  

De acordo com o candidato, o documento assinado pela prefeitura de São Paulo e pela Enel torna a administração municipal responsável “integral” pela retirada das árvores. Segundo Boulos, até então essa responsabilidade era compartilhada com a Enel.

“A responsabilidade de poda continua compartilhada, mas a responsabilidade de remoção de árvores podres, desde junho, é exclusiva da prefeitura por esse acordo feito”, concluiu Boulos.

Continua depois da publicidade

“Em relação à poda de árvores, fui estudar soluções internacionais que usam sistemas de poda e manejo arbóreo muito mais avançados que São Paulo, como, por exemplo, monitoramento da saúde das árvores via satélite e por ‘chipagem’ de árvore, que São Paulo, praticamente, não usa”, explicou Boulos.

“Vamos trazer inovação e tecnologia que já existe em várias cidades do mundo para garantir que o serviço de poda seja zerado na cidade de São Paulo. Fila zero”, prometeu o candidato do PSOL.

Por outro lado, Boulos admitiu que fazer o aterramento de fios em toda a cidade, de uma só vez, é uma missão praticamente impossível.

Continua depois da publicidade

“A solução mais fácil e covarde foi a que Nunes propôs no apagão passado, defendendo que a população pagasse um imposto, uma taxa, para aterramento de fios”, criticou.

“O que é necessário fazer? Mapear, nos últimos apagões, quais as partes da rede elétrica que tiveram interrupções mais frequentes. Essas partes você tem que priorizar no aterramento de fios.”

(Com Estadão Conteúdo)

ACESSO GRATUITO

CARTEIRA DE BONDS

Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”