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O empresário Mário Bernardo Garnero, dono do grupo de negócios internacionais BrasilInvest, pretende reunir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um jantar no resort de Mar-a-Lago, na Flórida, que pertence ao líder americano. Garnero trabalha para que o encontro ocorra em 17 de fevereiro.
Garnero tem experiência em conciliar os líderes dos dois países. Foi ele quem aproximou Lula e o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush, em viagens que contaram com a participação do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Na época, coube ao empresário a missão de apaziguar os americanos sobre a política econômica do PT.
O dono do BrasilInvest, banco de investimentos estrangeiros no Brasil, também costurou um encontro de Bolsonaro com Trump, em 2020, também em Mar-a-Lago. Garnero também é conhecido pelas relações firmadas com os ex-presidentes americanos Bill Clinton e Ronald Reagan.
O encontro pode ocorrer em um momento onde trocam ameaças sobre uma possível taxação de produtos importados Nesta segunda-feira, 27, em um evento para republicanos na Flórida, afirmou que o Brasil está entre os países que cobram muitas tarifas e que querem “prejudicar” o país.
Em resposta, Lula disse, em uma coletiva com jornalistas nesta quinta-feira, 30, que vai retribuir o gesto caso Trump o faça. “Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil em taxar os produtos importados dos Estados Unidos. Não há nenhuma dificuldade”, disse o presidente.
Além dos atritos sobre a relação econômica dos países, um voo de brasileiros ilegais, deportados após o aval de Trump, chegou ao Brasil no último sábado. Os brasileiros relataram ter sofrido maus-tratos e o governo repudiou o tratamento oferecido pelos americanos e tenta negociar condições melhores para o retorno dos seus cidadãos.
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Principal autoridade dos Estados Unidos no Brasil, o novo encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília, Gabriel Escobar, pediu “desculpas” ao Itamaraty, na quarta-feira dia 29, por causa da crise causada pela deportação de brasileiros em condições degradantes.