Em “debate com o povo”, Boulos diz que vai virar a eleição nas últimas 48 horas

Em um púlpito em frente ao Theatro Municipal, no centro de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) debateu com dez cidadãos. A maioria dos participantes era formada por apoiadores convictos do candidato

Equipe InfoMoney

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo (Foto: Divulgação)
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo (Foto: Divulgação)

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O candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, deputado federal Guilherme Boulos, disse acreditar que ocorrerá uma “virada” das intenções de voto nas últimas 48 horas antes do segundo turno, marcado para o dia 27 de outubro.

Boulos disputa a eleição em São Paulo com o atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), que lidera as pesquisas dos principais institutos.  

O candidato do PSOL deu a declaração durante o evento “debate com o povo”, nesta sexta-feira (18). “Eu tenho muita confiança que as últimas 48 horas, que é o que decide eleição sempre, vão criar uma virada de jogo. É uma surpresa que eles não vão saber de onde veio”, afirmou.

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Sob sol quente, o evento foi realizado às 10 horas, mesmo horário em que ocorreria o debate do SBT – cancelado em função da ausência de Nunes. Foi o terceiro debate do qual o emedebista se ausentou.

Em um púlpito em frente ao Theatro Municipal, no centro da cidade, Boulos debateu com dez cidadãos que se posicionaram no outro púlpito. A maioria dos participantes era formada por apoiadores convictos do candidato. Eles se inscreveram pouco tempo antes do início.

Também participou do “debate” o sociólogo Benedito Mariano, que já foi secretário de Segurança Urbana da gestão de Fernando Haddad (PT) entre 2015 e 2016 e auxiliou Boulos na elaboração de seu programa de governo.

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Ainda havia um terceiro púlpito, com o nome de Ricardo Nunes, que ficou vazio. Em dado momento, após Boulos mencionar o boletim de ocorrência registrado pela esposa do emedebista anos atrás, uma sirene tocou. Seria um direito de resposta concedido ao prefeito. “Quem não vem ao debate não tem direito de resposta”, afirmou o deputado.

“Debate” no improviso

Por ser uma agenda de campanha decidida de um dia para o outro, tudo foi improvisado. Não havia regras rígidas. Logo, era feita uma pergunta por cidadão, prontamente respondida por Boulos, que promovia as suas propostas sem medição de tempo. Quase todas pareciam as chamadas “dobradinhas” dos debates tradicionais. Alguns foram aos púlpitos apenas para desabafar.

Um dos debatedores denunciou a retirada de árvores para a construção de um túnel Rua Sena Madureira, na Vila Mariana, na zona sul da capital paulista. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) já cobrou explicações da Prefeitura na semana passada e deu um prazo de 30 dias. Boulos então, aproveitou para criticar Nunes sobre zeladoria.

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Uma cidadã cobrou projetos de ecoturismo (promoção da vivência de áreas verdes preservadas) para o distrito de Parelheiros. Boulos defendeu a importância de ações nesse sentido e disse que vai incentivar a agricultura familiar na zona sul.

Outro criticou o funcionamento da Linha 9-Esmeralda e questionou o candidato sobre transporte público em São Paulo. O deputado ressaltou que a competência da CPTM é do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e responsabilizou o gestor estadual por defender privatizações.

(Com Estadão Conteúdo)

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