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SÃO PAULO – Em artigo para a Veja publicado na manhã desta segunda-feira (15), o presidente Michel Temer destacou as suas perspectivas para o ano eleitoral. Ele começa o texto relembrando fala dele ao jornal O Estado de S. Paulo, em que apontou que preferia Henrique Meirelles no ministério da Fazenda e tecendo elogios a Geraldo Alckmin.
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“Alardeou-se que eu estaria tomando posição em função das candidaturas que transitam pelo meio político. Não foi minha intenção, e nem é o momento oportuno para que o Governo entre nessa disputa. Fiz considerações pessoais, e elogiosas, em relação a cada qual dos possíveis pré-candidatos à Presidência da República. Haverá momento para definição e o governo há de definir-se em tempo próprio”, afirmou.
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O presidente também apontou alguns ganhos de seu governo, afirmando crer que, “pela primeira vez dá-se cumprimento a um programa pré-estabelecido encartado no documento ‘Ponte para o Futuro'”. “Assumindo, aplicamo-lo por inteiro. E ainda há muito por fazer como a reforma da previdência e a simplificação tributária. Tudo com dois objetivos: um, o de cumprir um programa pré-estabelecido, outro o de caracterizar-se como um Governo que fez as reformas necessárias e desejadas pelo país, sem nenhuma preocupação de natureza eleitoral. As reformas são para agora, mas muito mais para o futuro”.
O presidente ainda citou a recuperação econômica. Segundo ele, “não sem razão foram dados saltos vigorosos combatendo a recessão, reduzindo o número de desempregados, abrindo a economia, reduzindo juros e a inflação, e ainda recuperando as estatais. Este seria um discurso para um candidato da situação”.
Ele lembra que a Standard & Poor’s rebaixou a nota do Brasil, atribuindo à incerteza quanto à Reforma da Previdência e quanto ao próprio ano eleitoral. “Mas este fato deve nos estimular ao invés de desestimular”, afirmou, apontando que o rebaixamento pela S&P é um alerta há de ser levado em conta pelo Executivo e pelo Congresso Nacional. Ele aponta que o Congresso tem sido parceiro governamental indispensável.
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“A partir daí sou tentado a perguntar: qual será o discurso da oposição ao fazer a sua campanha contra o Governo?”, questiona. Temer elenca alguns pontos: “contra a fixação do teto para os gastos públicos, contra a reforma do ensino médio e contra a modernização trabalhista, contra a queda da inflação ( de 10% para 2,95%), contra a queda dos juros (de 14,25 para 7%), contra a safra recorde de grãos, contra a recuperação das estatais (vide o caso da Petrobras ou da Eletrobras), contra a repactuação da dívida dos Estados, contra a liberação das contas inativas do FGTS que injetaram cerca de 44 bilhões de reais na economia e auxiliaram milhões de trabalhadores; liberação do PIS/PASEP para todos os trabalhadores públicos ou privados que tenham mais de 60 anos”.
E finaliza: “quem quiser opor-se haverá de fazê-lo criticando o trabalho que trouxe o Brasil, em definitivo, para o século XXI”.
Vale ressaltar que o governo Temer é bastante impopular, com apenas 6% de aprovação segundo o último Ibope; o Palácio do Planalto, contudo, espera que a retomada da economia, o governo volte a registrar uma aprovação de dois dígitos.
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